Senador afirma que o governador cometeu um erro ao não pagar primeiro o salário de dezembro. “Os servidores não são empregados de Marconi Perillo e José Eliton”

Jorge Kajuru e Ronaldo Caiado: “O governador não pode deixar sua rejeição se cristalizar”

O senador Jorge Kajuru, do PSB, diz que é amigo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do DEM, mas que tem o dever de alertá-lo, já que os auxiliares mais próximos não fazem ou não podem fazê-lo: “Caiado perdeu rapidamente o apoio da sociedade e precisa recuperá-lo. Antes que seja tarde, ou seja, que a rejeição se cristalize e não possa ser removida”.

Kajuru é enfático: “Chega de olhar para trás. Ronaldo tem de olhar para frente”.

O senador afirma que só viu Ronaldo Caiado chorar duas vezes. “A primeira quando Gracinha Caiado, sua mulher, passou por uma cirurgia de trombose, em São Paulo. A mais recente foi agora, quando chorou na frente de Gracinha, ao lembrar que tucanos plantaram a notícia de que sua família havia organizado um baile funk no Palácio das Esmeraldas. Ele me disse: ‘Kajuru, o pessoal pode ‘mexer’ comigo, mas com minhas filhas não — isso não tem perdão’. Para o encontro das jovens, Gracinha comprou vinho de 90 reais, o chileno 1865, e com dinheiro dela — não foi com dinheiro público. Os adversários podem até discordar de suas ideias e ações, mas precisam respeitar a honra de Ronaldo e de sua família.”

“O fato é que, politicamente, Marconi Perillo está fora de circulação, possivelmente enterrado. Por isso, convém deixá-lo de lado, ou nas mãos da Justiça. Ronaldo precisa governar, mostrar que sabe fazer a diferença, implementar ações criativas e de amplo interesse público. É óbvio que Ronaldo errou ao não pagar primeiro o salário de dezembro. O salário dos servidores públicos é um problema do governo, do Estado — não é uma questão que diz respeito aos cidadãos José Eliton e Marconi Perillo. Os funcionários não são empregados dos ex-governadores, e sim do Estado, do governo”, anota Kajuru.