COMPARTILHAR

Na foto Vanderlan Cardoso
Vanderlan Cardoso durante entrevista ao Jornal Opção

Serão definidas, nesta semana, todas as candidaturas à Prefeitura de Goiânia. E o prolongar das negociações tem nome, ou me­lhor, lugar: Senado. Eis a situação: em 2018, há duas vagas para senador — Ronaldo Caiado (DEM) ocupa a terceira vaga e cumpre seu mandato de oito anos. Uma vaga está “garantida” para Marconi Perillo, que não pode se reeleger ao governo e deve se tornar novamente senador. Pelo lado da base, resta uma vaga, que já está sendo disputada.

Na fila estão: Lúcia Vânia (PSB), que é senadora; Vilmar Rocha (PSD), que foi o candidato na última eleição; Wilder Morais (PP), que assumiu a vaga de Demóstenes Torres; Roberto Balestra (PP), que há tempos quer disputar o cargo; Magda Mofatto (PR), que já se postula à vaga; e Jovair Arantes (PTB), que pode se colocar na disputa, caso não consiga se eleger presidente da Câmara no ano que vem.

Nesse cenário, Lúcia e Vilmar são os atores principais. O presidente do PSD joga para assegurar o lugar. Em Aparecida, como informou esta coluna na última edição, à revelia da base estadual que está unida em torno da candidatura do Professor Alcides (PSDB), o PSD declarou apoio ao candidato do prefeito Maguito Vilela (PMDB) — Vilmar e Ma­guito têm se reunido com frequência. Já Anápolis e Goiânia estão ligadas: Vilmar e Jovair teriam entrado em acordo.

Em Goiânia, Luiz Bittencourt (PTB) seria o vice de Francisco Júnior (PSD); em troca, o PSD abriria mão da candidatura de Olegário Vidal em Anápolis pa­ra apoiar o candidato do PTB, Roberto Naves. Em Anápolis, o acordo está concretizado e a aliança já foi, inclusive anunciada: Roberto terá como vice Márcio Cândido, do PSD — Vilmar e Jovair estavam presentes no dia do anúncio. Em Goiânia, por outro lado, ainda não houve anúncio da aliança e o motivo é justamente a continuação das conversas para uma possível união da base.

Feita a contextualização, podemos entrar nos argumentos que levam à afirmação do título. Na capital, está mais que certo que Giuseppe Vecci não será candidato. Deve assumir a secretaria de Desenvolvimento, que ainda está vaga após a saída de Thiago Pei­xoto (PSD). Vislumbrando a possibilidade de ter o apoio da base para seus candidatos, Vilmar e Jovair aguardam o desenrolar das conversas, que devem se estender até o dia 5.

Porém, muitos da base querem compor com Vanderlan Cardoso (PSB), pois acham que ele é o candidato com maiores chances de vencer a eleição. Vanderlan, entretanto parece não querer firmar a aliança, embora saiba que precisa do apoio de alguma grande estrutura para vencer seu principal concorrente, o Delegado Waldir (PR). Entra em jogo, então, a figura de Lúcia Vânia. Lúcia é a presidente do partido e pode firmar posição pela aliança e, ainda, fazer o acordo para assegurar sua reeleição ao Senado com o apoio de Marconi.

Embora diga que deixou a articulação por conta de Vanderlan, políticos da base afirmam que a senadora poderá intervir. Por isso, as chances de Vanderlan ser o candidato da base é grande. De quebra, a aliança prejudicaria Waldir, que não deverá fechar aliança com o PMDB — Daniel Vilela também quer Vanderlan. Seria uma jogada de mestre, que poderá ser definida no dia 5.

Há resistências? Sim. Afinal, Vanderlan não representa o projeto da base, mesmo que seja apoiado por ela. Porém, um acordo dessa magnitude é maior que as rusgas existentes entre o pessebista e os partidos. Além disso, se Marconi entrar no jogo, como deverá fazer, dificilmente os partidos se negarão a fazer parte.