Derrotados para o governo e para o Senado, Gustavo Mendanha e João Campos estariam reclamando, nos bastidores, de seus partidos.

Mendanha estaria dizendo a aliados, como Tatá Teixeira e outros, que o Patriota só o atrapalhou na campanha. Primeiro, porque não havia dinheiro, e os agentes políticos do interior teriam ficado sem recursos financeiros. Os mendanhistas culpam o presidente do partido, Jorcelino Braga. Segundo, o candidato quase não teve tempo na televisão. Terceiro, não conseguiu formatar alianças amplas.

O resultado é que Mendanha estaria tentando se filiar ao PL, o que não estaria agradando muito nem o senador eleito Wilder Morais nem o deputado federal Major Vitor Hugo. “A gente não gosta de bolsonarista do ‘sétimo dia’, quer dizer, de uma última hora. Bolsonaro e Vitor Hugo sabem que, antes de tentar se aproximar do presidente, Gustavo andou articulado com o PT de Adriana Accorsi e Antônio Gomide”, afirma um bolsonarista do “primeiro dia”.

O deputado federal João Campos foi muito mal votado para senador. Ficou em quinto lugar, bem atrás de Wilder Morais (o eleito), do PL, Marconi Perilo, do PSDB, Waldir Soares, do União Brasil, e Alexandre Baldy, do pP. Ele conquistou apenas 350.222 votos (11,07%) e quase foi alcançado pela sexta colocada, Denise Carvalho, do PC do B, que ficou com 299.013 votos (9,45%).

Nos bastidores, João Campos estaria reclamando “horrores”, de acordo um pastor da Assembleia de Deus, do partido Republicanos, que preside, mas não teria se empenhado em sua campanha. A Igreja Universal, que comanda o partido, não o teria apoiado para senador. Por isso, o deputado federal tende a se filiar ao PL, sobretudo se o Bolsonaro for reeleito.