O deputado já está se tornando forte interlocutor do presidente nacional do partido, Marcos Pereira

A Assembleia de Deus operou, durante certo período, para criar um partido político. Não se sabe se desistiu, porém, como maior Igreja evangélica do Brasil, a tendência é que, um dia, banque a formatação de uma legenda (a Igreja Universal, que é menor, opera o partido Republicanos, um dos mais fortes dos Congresso).

Se o partido da Assembleia de Deus sair do papel, a tendência é que o deputado federal João Campos, hoje no Republicanos — mas em situação desconfortável, segundo aliados —, troque de legenda.

O Republicanos já está se preparando para uma saída de João Campos e, por isso, está bancando o deputado estadual Jefferson Rodrigues, pastor licenciado da Igreja Universal, para deputado federal. Há quem aposte que será um dos mais votados do pleito de 2022.

Jefferson Rodrigues: estela do Republicanos em Goiás | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

A rigor, Jefferson Rodrigues é o elo entre a Igreja Universal e o mundo político em Goiás. “Porque é de casa”, afirma um ex-vereador. Não só. O deputado é articulado, moderado e agregador. Ele e o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, tendem a proceder uma renovação do Republicanos em Goiás a partir de 2023.

O presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, um político moderado e diplomático, respeita João Campos, que é o presidente do partido em Goiás, mas abriu forte interlocução com Rogério Cruz e Jefferson Rodrigues.

Em 2023, caso João Campos não seja eleito senador, a tendência é que Jefferson Rodrigues assuma a presidência do Republicanos em Goiás. Claro que terá de ser eleito deputado federal.

Na disputa de 2022, há quem postule, no partido, que o grupo de Rogério Cruz-Jefferson Rodrigues vai eleger deputados federais e estaduais e o grupo de João Campos talvez não eleja nenhum deputado federal e nenhum deputado estadual.