Jair Bolsonaro planeja bancar Eduardo Bolsonaro para presidente da República

Há um truísmo na direita e na extrema-direita bolsonarista: o ex-presidente Jair Bolsonaro não confia em ninguém — sobretudo depois da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, do Exército.

Nos bastidores do bolsonarismo, o que se diz é que, para a surpresa de muitos, Jair Bolsonaro vai bancar a candidatura de um filho para presidente da República.

Não será o senador Flávio Bolsonaro (PL), que não é considerado “radical” e “direitista” o suficiente.

O nome a ser escolhido pelo ex-presidente tende a ser Eduardo Bolsonaro (PL) — que, no dizer dos aliados do chefão da direita, é uma espécie de “Jair Bolsonaro em miniatura”, quer dizer, em desenvolvimento.

A extrema-direita, a que articula com Jair Bolsonaro, também aposta em Eduardo Bolsonaro, o deputado federal que disse, com todas as letras, que, para fechar o Supremo Tribunal Federal, basta um cabo e um soldado. O bolsonarismo, o mais radicalizado, aprecia este tipo de diatribe.

Já a direita bolsonarista avalia que os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, são alternativas viáveis para presidente. Curiosamente, o extremo-bolsonarismo não tem apreço por Tarcísio de Freitas — por considerá-lo moderado e pouco afeito ao discurso ideológico da direita.

Quanto a Michelle Bolsonaro, ao menos nos bastidores, Jair Bolsonaro anda dizendo aos aliados que não deverá ser candidata a presidente. Deve disputar mandato de senadora em Brasília ou em Goiás. (E.F.B.)