O prefeito de Goiânia parece que não está percebendo o papel “atropelador” do eleitorado

Pressionado por seus aliados mais próximos, que rejeitam o nome de Maguito Vilela, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, deve ir para o sacrífico e, aos 87 anos, devem disputar o pleito na capital pela quinta vez, em outubro de 2020. O emedebista nunca perdeu na cidade construída por Pedro Ludovico Teixeira.

Como a sociedade brasileira passa por uma fase de renovação de seus quadros partidários, alguns políticos, ancorados em pesquisas ou previsões baseadas no pleito de 2018, apostam que Iris Rezende vai ser o Marconi Perillo de 2020. Há os que sugerem que o prefeito não seja candidato à reeleição, e ele mesmo tem dito que não disputará, mas, nos bastidores, os aliados sustentam que é candidatíssimo.

A tendência é que Iris Rezende sofra a derrota mais acachapante de sua história — depois do fracasso de 1998. Candidatos novos, com ideias renovadas, tendem a destronar o “rei” do MDB. Goiânia, no momento, é uma cidade abandonada, suja, com buracos nas ruas, sem obras importantes. Mesmo assim, o prefeito frisa que, entre 2019 e 2020, terá mais recursos para administrá-la e, deste modo, aposta que irá recuperar sua imagem.

Entretanto, mesmo que faça obras, Iris Rezende parece não perceber que a sociedade quer renovação e não está “perdoando” nenhum político que fica na sua frente — como elemento do passado.

Goiânia está cobrando políticos do tipo Francisco Júnior (PSD), Virmondes Cruvinel (PPS), Adriana Accorsi (PT), Eduardo Prado (PV), Dra. Cristina Lopes (PSDB, a caminho do PSB), Elias Vaz (PSB), Delegado Waldir (PSL), Daniel Vilela (MDB) e Jorge Kajuru (PRP).

A mulher de Iris Rezende, Iris Araújo, não obteve nem 40 mil votos para deputada federal. É um sinal gritante para Iris Rezende “acordar” e se aposentar, de vez, em 2020. Se não abrir espaço para a renovação, os eleitores vão retirá-los à força — com o poder esmagador do voto — do Paço Municipal.