Iris Rezende, o velho, tenta submeter Antônio Gomide e Vanderlan Cardoso, que representam o novo
07 junho 2014 às 23h43
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Mesmo desorientado, sem norte e desunido, o PMDB de Iris Rezende praticamente exige que líderes e pré-candidatos de outros partidos subordinem-se ao seu projeto — se projeto há.
O ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT) garante que será candidato a governador de Goiás na eleição de 5 de outubro deste ano. Mais: faz uma pré-campanha intensiva em todo o Estado, expondo o que planeja fazer. Sobretudo, como é desconhecido, num Estado com dimensão de país — em que o Entorno do Distrito Federal não sabe o que se passa no Norte —, está se apresentando aos eleitores, à sociedade civil. No entanto, cada vez que se abre os jornais e se acessa as redes sociais, está lá a desconfiança: vai ou não vai apoiar Iris para governador, submetendo-se e aceitando ser vice ou candidato a senador? O jovem petista frisa: não vai compor com o PMDB no primeiro turno. É candidatíssimo, pois. Por que, inquire o ex-prefeito de Anápolis, Iris não investe na renovação e não o apoia para o governo, e ele próprio não disputa o Senado?
Vanderlan Cardoso, pré-candidato a governador pelo PSB, é outra “vítima” do peemedebismo. É raro o dia em que não se torna “vice” de Iris (ou do governador Marconi Perillo, do PSDB). Quando não é citado como vice, é apontado como candidato a senador numa composição com o peemedebista. Afirma-se: se Iris apoiar o candidato a presidente da República pelo PSB, Eduardo Campos, Vanderlan poderia ser o seu vice. É uma hipótese plausível, mas o PMDB nacional pressionaria Iris para “fechar” com a presidente Dilma Rousseff. Por que, porém, Iris não aceita ser candidato a senador na chapa de Vanderlan?
Gomide e Vanderlan percebem, com clareza, que uma candidatura de Iris Rezende, de 80 anos, torna a candidatura de Marconi mais “nova”. É como se, direta ou indiretamente, o peemedebista renovasse o tucano-chefe.