Iris Rezende disse a aliados que não quer ser o Marconi Perillo de 2020

24 fevereiro 2019 às 00h00

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Prefeito de Goiânia não pretende disputar a próxima eleição municipal

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, confidenciou a dois secretários e a um vereador, em momentos diferentes, que não será candidato à reeleição, em 2020, daqui a um ano e sete meses. O emedebista chegou a mencionar, a um dos interlocutores, que não pretende se tornar o Marconi Perillo de 2020.
Iris Rezende admitiu, numa das conversas, que alguns de seus aliados esperam que, se a administração deslanchar — com a conclusão da Avenida Leste-Oeste, com a construção de viadutos e o recapeamento de ruas —, ele vai disputar a reeleição. Mas o experiente político não quer correr riscos, porque pesquisas indicam, ao menos no momento, que Goiânia perdeu o encanto e a sintonia com o decano de 85 anos (87 anos em 2020, terminaria o mandato, se reeleito, com 91 anos).
Inquirido sobre o possível sucessor, Iris Rezende fez cara de paisagem e não apresentou nenhum nome. Entretanto, embora não tenha dito claramente, o veterano veta ao menos dois nomes: Maguito Vilela e Daniel Vilela — espécies de inimigos cordiais. Para impedir a candidatura de um deles em Goiânia — porque acredita que, se for eleito na capital, Maguito pretende criar uma cabeça de ponte de oposição a Ronaldo Caiado e criar estrutura para seu filho, Daniel Vilela, disputar o governo em 2022 —, Iris Rezende pode aceitar a indicação de um vice do MDB, de sua cota pessoal, para o candidato bancado pelo governador Ronaldo Caiado, possivelmente o ex-senador Wilder Morais. O problema, sugere um irista, é que os eleitores de Goiânia não costumam eleger candidato bancado pelo governador. É uma tradição. Pode ser mudada? Pode. Mas todos receitam a força desta tradição.