A pré-candidata receia ficar na chapa de Daniel Vilela e não conseguir se viabilizar

Iris Araújo dificilmente conquistará 200 mil votos para se eleger sem precisar dos votos de outros postulantes a deputado federal

Reuniões e mais reuniões têm sido marcadas no Paço Municipal de Goiânia para discutir um assunto seriíssimo. O Plano Diretor da capital? Nada disso. O assunto é de outra natureza — nada administrativo e inteiramente político. Trata-se de Iris Araújo, apontada como prefeita ad hoc da cidade.

Como o deputado estadual José Nelto está preparando sua saída do MDB, para acompanhar Ronaldo Caiado e aliar-se ao deputado federal Waldir Delegado Soares (PSL) — o emedebista retirante acredita que o policial poderá carregá-lo —, o partido só terá uma candidata consistente, Iris Araújo. Porém, para se eleger, precisa de 200 mil votos (é o quociente eleitoral), o que, apesar do empenho do prefeito Iris Rezende, seu marido, dificilmente obterá. O pré-candidato do MDB a governador, Daniel Vilela, promete lançar mais uns três candidatos — um deles seria o ex-prefeito de Jataí Humberto Machado —, todos coadjuvantes, para alavancar a campanha da protagonista. Mas não está fácil conquistar postulantes.

Ante o quadro de risco, tanto Iris Araújo quanto Iris Rezende, com todas as luzes amarelas acesas, como sinal de alerta, estão preocupados. Os irisaraujistas sugerem que a salvação da candidata é uma composição com a chapa de Ronaldo Caiado, o pré-candidato a governador do DEM. Na chapa do presidente do partido Democratas, os nomes praticamente definidos são o delegado Waldir, o produtor rural José Mário Schreiner, o médico Zacharias Calil e o deputado José Nelto. Acredita-se que, se Iris Araújo entrar no “pacote”, a chapa pode eleger até três deputados federais (se Waldir Soares repetir, ao menos em parte, a votação de 2014). Os mais cotados são Waldir Soares, Iris Araújo e José Nelto (a tendência, se configurar esta chapa, é Schreiner ficar na suplência).

Se ficar fora do chapão caiadista, Iris Araújo teme receber uma votação expressiva, como Jorge Kajuru em 2014, mas ficar fora da Câmara dos Deputados.