O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Leandro Grass, solicitou a ministra da Cultura do governo Lula da Silva, Margareth Menezes, a nomeação do pesquisador Antônio Caldas, da PUC-Goiás, para superintendente do Iphan em Goiás. O pedido, a rigor, é quase uma nomeação.

Antônio Caldas é apontado como a pessoa certa para o lugar. Poucos entendem tanto do assunto quanto ele.

Antônio Caldas é tido como a melhor escolha técnica | Foto: Divulgação

Porém, de acordo dois petistas, as nomeações, antes de passarem pelo presidente do Iphan e pela ministra de Cultura, têm de ser verificadas pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O integrante do PT e articulador político do governo Lula da Silva é quem faz uma espécie de triagem.

“Antônio Caldas tem prestígio na comunidade acadêmica e pode acabar sendo nomeado, porque há nenhuma restrição à sua indicação — nem política, nem ideológica, nem de ordem pessoal”, afirma um petista. “Sabemos, inclusive, que votou em Lula para presidente e sempre o defendeu.”

Marina Sant’Anna: militante histórica do PT | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Porém, outro petista, ex-deputado, postula que, no momento, o ex-deputado federal e ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson, histórico do PT, é o mais cotado para dirigir o Iphan em Goiás. Inquirido se, aos 81 anos, o professor aposentado da Universidade Federal de Goiás (UFG) tem disposição para ocupar determinados cargos, o ex-parlamentar disse, de maneira peremptória: “Quem conversa com Pedro Wilson, dadas sua lucidez e vivacidade, percebe que está ‘doido’ para trabalhar e, inclusive, ‘militar’ politicamente. Ele está saudável. E, claro, tem plenas condições de ser superintendente do Iphan. E mais: com sua autoridade política, por ter sido deputado federal e prefeito de uma capital, além de sua militância histórica no PT, desde 1980, Pedro Wilson, se assumir o cargo, terá mais condições de melhorar a situação do Iphan do que uma pessoa tida como meramente técnica, mas sem força política. Ademais, é preciso lembrar que Lula tem 77 anos e está sólido como uma rocha”.

Yussef Campos, doutor em História e professor da UFG | Foto: WhatsApp

Em Brasília, um repórter do Jornal Opção ouviu de uma integrante do governo Lula da Silva, quando perguntou sobre uma possível indicação de Pedro Wilson para o Iphan ou para um cargo no Ministério do Meio Ambiente: “Não posso dizer… mas tem algo parecido sendo conversado”. O certo é, se não for para o Iphan, o ex-prefeito é cotado para um cargo na equipe da ministra Marina Silva — que tem apreço pelo político goiano.

O nome da ex-deputada federal Marina Sant’Anna, do PT, também tem sido lembrado para o Iphan, assim como o de Yussef Campos, professor da Universidade Federal de Goiás. Os dois são, igualmente, qualificados.