Imbróglio no PV deve terminar com saída de Eduardo Prado
02 fevereiro 2020 às 00h00
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Deputado disputa com o presidente da sigla, Cristiano Cunha, a indicação para ser o nome que vai disputar a sucessão de Iris Rezende
O imbróglio envolvendo o posicionamento do PV na eleição de outubro em Goiânia, em que o presidente da legenda, Cristiano Cunha, e o deputado Eduardo Prado lançaram suas pré-candidaturas à Prefeitura, deve terminar em um divórcio que agrade as duas partes. O dirigente partidário diz que iniciou o processo de expulsão do parlamentar que, por sua vez, caso ela se concretize, fica livre para buscar outra legenda.
Segundo Cunha, a expulsão se dará por infidelidade partidária e não tem relação com a disputa pela indicação para a sucessão de Iris Rezende (MDB). Em 2018, Prado apoiou o então candidato Jair Bolsonaro, em detrimento de Marina Silva, da Rede, que tinha aliança com os verdes. “Ele ainda não respondeu a notificação, feita no ano passado”, afirma o presidente do PV.
Já Eduardo Prado alega que existem divergência ideológicas, pois ele se diz de centro-direita e o partido, de esquerda. Por isso, o deputado acredita que tem sido retalhado. “Estão dificultando meu crescimento no partido”, acredita.
Sobre a pré-candidatura do PV, Cristiano Cunha afirma que o lançamento de seu nome deve ocorrer em março. A data depende da agenda da direção nacional do partido. Por outro lado, Eduardo Prado afirma ter disposição de enfrentar uma convenção, caso permaneça no PV.
Enquanto isso, o deputado busca se cacifar. Nos últimos dias, esteve com o senador Vanderlan Cardoso (PP) e com o deputado Francisco Júnior (PSD) para tratar das eleições. Está sendo gestado o embrião de uma possível frente anti-Iris em Goiânia.
Delegado da Polícia Civil, Eduardo Prado também tem intermediado emendas parlamentares da bancada federal para obras em delegacias do Estado. O senador Jorge Kajuru (Cidadania) garantiu R$ 500 mil para a construção da sede da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap). Francisco Júnior, por sua vez, tenta viabilizar R$ 500 mil para obras nas delegacias da Vila Itatiaia e do Conjunto Vera Cruz, além de R$ 500 mil para construção da base do GT3, o Grupo Tático da Polícia Civil.