Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda fortalece Marconi Perillo e Goiás
11 novembro 2015 às 19h04
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Joaquim Levy pode não cair agora. Mas deve cair brevemente. Lula, políticos, empresários e as torcidas do Corinthians e do Flamengo querem a saída do ministro das notícias ruins
A imprensa brasileira em peso comentou na quarta-feira, 11, que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está no Inferno e que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles está no Céu. Lula da Silva e as torcidas do Corinthians e do Flamengo querem vê-lo no lugar do ministro das notícias negativas — que perdeu o apoio inclusive do empresariado e dos políticos (até dos liberais ortodoxos). Em termos políticos, Joaquim Levy é o típico ministro que “morreu” e esqueceram de enterrar.
A presidente Dilma Rousseff reluta(va) em aceitar o nome de Henrique Meirelles, alegando que, com sua indicação para o Ministério da Fazenda, seu governo lularizará em termos absolutos. Mas não há outra saída. Como Joaquim Levy perdeu força e apoio, sua queda é iminente. Se não cair hoje, cai amanhã ou depois de manhã — ao menos é o que se diz no mercado persa da política de Brasília. “Quanto mais a presidente disser que está prestigiado, quando todos sabem que não está, mais fraco o ministro estará. Ele está a caminho da guilhotina e, como se sabe, Dilma Rousseff não tem vocação para Robespierre, quer dizer, não quer ser guilhotinada junto”, afirma um deputado federal.
Se Henrique Meirelles assumir o Ministério da Fazenda, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que mantém relacionamento cordial com o ex-presidente do BankBoston (ele foi eleito deputado federal pelo PSDB goiano), fica ainda mais forte no plano nacional. O tucano-chefe terá mais um parceiro em Brasília.
Em 2014, Marconi Perillo trabalhou para que Henrique Meirelles fosse o vice do tucano Aécio Neves. Não deu certo, mas o goiano de Anápolis aprovou a articulação do governador.