Em 2020, a dupla Anderson de Paula Silva (Lorenção, PDT), para prefeito, e Nicolina Maria da Costa Pereira (Podemos), na vice, romperam a hegemonia do grupo do então prefeito Gilmar Alves da Silva (então no MDB).

Gilmar Alves (32,55% dos votos válidos), que era um páreo duro, foi derrotado de maneira acachapante pela dupla Lorenção e Tia Nicolina (52,58% dos votos válidos).

Anderson de Paula Silva-Lorenção: prefeito de Quirinópolis | Foto: Facebook

Anderson de Paula é apontado como favorito para a disputa de 2024, daqui a um ano e cinco meses. Por sinal, ele deve trocar o PDT pelo União Brasil do governador Ronaldo Caiado. Porém há uma pedra no caminho: a vice-prefeita Nicolina Maria e o prefeito não estão mais falando a mesma língua. Teriam rompido.

Se confirmado o rompimento, Nicolina Maria poderá ser a candidata de oposição, numa possível coalizão com Ronne Cezar Martins, do PSD. Ronne Cezar ficou em quatro lugar na disputa para prefeito, em 2020. Ele é irmão do deputado estadual Paulo Cezar Martins (PL). O grupo do ex-prefeito e ex-deputado Odair Rezende pode apoiar Tia Nicolina? Se ela realmente caminhar para a oposição, é provável.

Gilmar Alves: ex-prefeito de Quirinópolis | Foto: reprodução

Na eleição de 2022, Gilmar Alves, que trocou o MDB pelo Agir, foi o mais votado para deputado estadual em Quirinópolis, superando Nicolina Maria (a segunda colocada) e Paulo Cezar Martins (o terceiro). É sinal de prestígio, o que o credencia para a disputa eleitoral de 2024.

Há uma pedra no caminho das oposições: se lançarem vários candidatos, e como Anderson de Paula está bem avaliado, o prefeito tende a ser reeleito. Agora um frentão político com Gilmar Alves, Nicolina Maria, Ronne Cezar, Paulo Cezar Martins e família Resende (Odair e Nilo) pode reduzir a força do gestor municipal e surpreendê-lo.

Anderson de Paula tem dito a aliados que, em 2024, contará com o apoio do MDB — que lançará seu vice. (E.F.B.)