O que está em jogo é a eleição de 2022, daqui a um ano e três meses. Mas o grupo já está pensando na disputa de 2026

Roberto Naves, Júlio Paschoal, Ernesto Roller, Adib Elias, Alexandre Baldy e João Sebba | Foto: Divulgação

Chamados de sete mosqueteiros, Adib Elias (Podemos), Alexandre Baldy (PP), Ernesto Roller, José Nelto (Podemos), Paulo do Vale (DEM), Renato de Castro (Democratas, provavelmente) e Roberto Naves (PP) devem apoiar a reeleição do governador Ronaldo Caiado. Deles o único que pode se aventurar noutra coligação é o ex-ministro Alexandre Baldy, que planeja ser candidato a senador na chapa governista, mas sente que o ambiente está congestionado. Porém seu principal aliado, Roberto Naves (PP), é muito ligado ao governador e, por isso, dificilmente romperá com ele.

Daniel Vilela e Ronaldo Caiado podem caminhar juntos em 2022 | Foto: Ruber Couto

O que o grupo quer realmente? Na verdade, os sete mosqueteiros não questionam, em nenhum momento, a legitimidade do governador Ronaldo Caiado. O que não querem é Daniel Vilela, presidente do MDB, na sua vice. O motivo é prosaico: como acreditam que Ronaldo Caiado será reeleito, dadas sua substância política e a força da coligação que o apoia, concluem que, em 2026, quando o governador deixar o governo para disputar mandato de senador, Daniel Vilela assumiria o governo por nove meses e, como tal, se tornaria candidato à reeleição. Como o grupo é adversário dele, teme ser escanteado. Daí a resistência.

Lissauer Vieira,  presidente da Assembleia Legislativa, e o governador Ronaldo Caiado: o primeiro pode ser o vice do segundo | Foto: Felipe Cardoso/Jornal Opção

Mas o grupo pode aceitar Lissauer Vieira na vice? Seus líderes não discutiram o assunto. Mas o presidente da Assembleia é tido como mais palatável.

O grupo tenciona também para ocupar uma vaga na chapa majoritária. O quadro é o seguinte: o grupo postula a vice para Adib Elias ou Roberto Naves ou então o Senado para Alexandre Baldy.

Não há, portanto, nenhum contencioso com o governador Ronaldo Caiado e, por isso, o grupo está unido para bancar sua reeleição. As questões são: o grupo quer uma vaga na chapa majoritária e não quer Daniel Vilela na chapa majoritária.