Grupo de Adib Elias rejeita Daniel Vilela e pode aceitar Lissauer Vieira na vice de Caiado?
27 junho 2021 às 09h48
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O que está em jogo é a eleição de 2022, daqui a um ano e três meses. Mas o grupo já está pensando na disputa de 2026
Chamados de sete mosqueteiros, Adib Elias (Podemos), Alexandre Baldy (PP), Ernesto Roller, José Nelto (Podemos), Paulo do Vale (DEM), Renato de Castro (Democratas, provavelmente) e Roberto Naves (PP) devem apoiar a reeleição do governador Ronaldo Caiado. Deles o único que pode se aventurar noutra coligação é o ex-ministro Alexandre Baldy, que planeja ser candidato a senador na chapa governista, mas sente que o ambiente está congestionado. Porém seu principal aliado, Roberto Naves (PP), é muito ligado ao governador e, por isso, dificilmente romperá com ele.
O que o grupo quer realmente? Na verdade, os sete mosqueteiros não questionam, em nenhum momento, a legitimidade do governador Ronaldo Caiado. O que não querem é Daniel Vilela, presidente do MDB, na sua vice. O motivo é prosaico: como acreditam que Ronaldo Caiado será reeleito, dadas sua substância política e a força da coligação que o apoia, concluem que, em 2026, quando o governador deixar o governo para disputar mandato de senador, Daniel Vilela assumiria o governo por nove meses e, como tal, se tornaria candidato à reeleição. Como o grupo é adversário dele, teme ser escanteado. Daí a resistência.
Mas o grupo pode aceitar Lissauer Vieira na vice? Seus líderes não discutiram o assunto. Mas o presidente da Assembleia é tido como mais palatável.
O grupo tenciona também para ocupar uma vaga na chapa majoritária. O quadro é o seguinte: o grupo postula a vice para Adib Elias ou Roberto Naves ou então o Senado para Alexandre Baldy.
Não há, portanto, nenhum contencioso com o governador Ronaldo Caiado e, por isso, o grupo está unido para bancar sua reeleição. As questões são: o grupo quer uma vaga na chapa majoritária e não quer Daniel Vilela na chapa majoritária.