A última semana foi encerrada com uma notícia que mexe com a vida de todos os goianos. A Equatorial Energia (EQTL3) fechou a compra da distribuidora de energia Celg-D, da Enel, por R$ 1,58 bilhão e assumindo uma dívida de R$ 5,7 bilhões. O anúncio foi feito pelo próprio governador Ronaldo Caiado (UB), em suas redes sociais, em tom de comemoração.

As tratativas para a venda da Enel já eram divulgadas desde abril, mas há cerca de 20 dias o governador recebeu a informação dos executivos da empresa que a negociação caminhava para concretizar, como de fato ocorreu na sexta-feira, 23 de setembro. Desde a decisão, Caiado já determinou que a transição seja acompanhada por uma equipe de técnicos do estado. Uma reunião entre os diretores da Enel, da Equatorial e Ronaldo Caiado deve ocorrer na próxima semana, após o primeiro turno das eleições.

A venda da Enel é encarada pelos governistas e auxiliares de Ronaldo Caiado como positiva para o estado, pois evita o processo de caducidade do contrato com a empresa, o que, na visão dos técnicos do setor, pode resultar em prejuízos. O contrato de regulação prevê a caducidade do contrato e a perda da concessão em caso de descumprimento das metas por dois anos seguidos. Em fevereiro de 2023, será divulgado o relatório da Aneel com base nas medições dos indicadores de desempenho até dezembro deste ano. Mas a percepção é de que os índices não apresentaram melhoras.

Caso houvesse o processo de caducidade do contrato, no começo de 2023, o estado precisaria contratar uma empresa de forma provisória para manter a distribuição de energia. O processo também faria com que o setor deixasse de receber investimentos por pelo menos um ano. O estado também previa uma batalha judicial e desgastes em razão do rompimento do contrato. Assim, o governo aposta que um processo de transição transparente e acompanhado de perto pelo governo do estado é a melhor solução para os goianos.