Gleysson Cabriny pode ser grande adversário de George Morais na disputa pela Prefeitura de Trindade
04 novembro 2018 às 01h00

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O deputado Dr. Antonio e o ex-vereador Tayrone di Martino são cotados para a disputa
Há um consenso: o empresário Jânio Carlos Alves Freire entra para a galeria dos melhores prefeitos da história de Trindade. Em seis anos, Jânio Darrot fez obras cruciais para melhorar a qualidade de vida da população e modernizou a gestão pública. O próximo prefeito receberá uma prefeitura organizada, exatamente o oposto do quadro de 2012, quando o tucano foi eleito pela primeira vez.
Por ter sido reeleito em 2016, Jânio Darrot não pode disputar em 2020. Comenta-se que o candidato de sua base política será escolhido depois de uma ampla pesquisa qualitativa. Acredita-se, nas hostes tucanas, que o postulante deve ser visto como um fato novo, apesar de apoiado pelo prefeito. Porque o eleitor está se cansando de continuidades — ainda que, em alguns casos, sejam positivas. No momento, o nome mais cotado, entre os aliados de Jânio Darrot, é o do vice-prefeito, Gleysson Cabriny de Almeida Costa.
Cabriny é afinado com Jânio Darrot, tem ligação com a Igreja Católica e é popular. O fato de ser vice, sugerindo continuidade e não renovação, pode prejudicá-lo? Em parte, sim. Mas, se mostrar que pode representar uma mudança, ainda que não uma ruptura, talvez possa ser assimilado pelos eleitores. Ao menos é o que pensam seus aliados. O prefeito é bem avaliado e, por isso, será um cabo eleitoral decisivo. Uma pesquisa qualitativa abrangente, com as perguntas apropriadas, certamente vai indicar o que os eleitores querem e, ao mesmo tempo, se podem ser trabalhados para conceder um terceiro mandato consecutivo ao grupo de Jânio Darrot-Cabriny. Um outro nome, de uma pessoa bem-sucedida na cidade — de preferência que não seja político profissional —, pode ser a alternativa.

Ex-vereador em Goiânia e secretário dos governos de Marconi Perillo e José Eliton, o jornalista Tayrone di Martino, um jovem arrojado e com fortes ligações com a Igreja Católica, pode ser candidato a prefeito de Trindade? Seria um fato novo. Restam saber duas coisas: se o político quer disputar (sua prioridade hoje é comprar lotes e construir casas para vender) e se os eleitores aprovam sua postulação. Ele pode ser trabalhado como “renovação” e “agente da mudança”? Um marketing adequado pode trabalhar seu nome como uma “mudança dentro da ordem”.
Uma pesquisa quantitativa, feita logo depois das eleições para governador e para o Legislativo, aponta que a deputada federal Flávia Morais é a favorita para a disputa da prefeitura. Ao mesmo tempo, os eleitores disseram que deve terminar o mandato de deputada. Para fortalecer o PDT, é mesmo provável que Flávia Morais permaneça em Brasília — o que também agrada a cúpula nacional do partido (o primeiro suplente da coligação da parlamentar não é do pedetismo). A tendência, se realmente estiver livre de problemas na Justiça e no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), é que o presidente do PDT em Goiás, George Morais, marido de Flávia Morais, seja o candidato. Ele quer? “Quer”, afirma um aliado. “Se tiver chance de ganhar, deve ser o candidato do partido.”
O DEM do governador eleito Ronaldo Caiado pretende lançar candidato a prefeito. O nome mais cotado é o do médico e deputado estadual Antonio Carlos Caetano de Moraes. O Dr. Antonio, como é conhecido, queria ser presidente da Assembleia Legislativa, mas, como Álvaro Guimarães saiu na frente e conquistou o apoio até da oposição, pode se voltar para a disputa municipal, daqui a um ano e 11 meses.
Há um drummond no meio do caminho do Dr. Antônio. Flávia Morais e George Morais foram importantes para a vitória de Ronaldo Caiado. Eles colocaram o peso e a estrutura do PDT na campanha do presidente do Democratas. Portanto, se um deles for candidato a prefeito de Trindade, Ronaldo Caiado dificilmente terá condições de não apoiar a postulação.
O MDB perdeu as duas últimas eleições. Mesmo assim, é forte na cidade. Se ouvir as ruas e consultar as pesquisas com atenção, a cúpula do partido não bancará, pela quarta vez, o ex-prefeito Ricardo Fortunato. Este, quando prefeito, fez uma administração considerada de baixa qualidade, o que comprometeu a imagem do partido no município — daí as derrotas acachapantes. Mas o que se ouve é que Ricardo Fortunato vai ser candidato. “Se for, tende a não ganhar, mas, ao ajudar a dividir o eleitorado, pode contribuir, mais uma vez, para a vitória da situação”, afirma um emedebista, que avalia que o MDB deveria compor com o PDT de Flávia Morais. “Resta saber se George Morais aceitaria Ricardo Fortunato como seu vice.” Por que a possível resistência? “Porque, apesar da força do partido na cidade, o desgaste do ex-prefeito é imenso, talvez insuperável.”
Fala-se na possibilidade de lançar candidato um vereador cuja popularidade é alta.