Apontado como Bolsonaro de Brasília, o militar é tido como um político preparado, de ideias consistentes

Paulo Chagas quer chegar ao poder, mas sem intervenções militares

Fala-se em intervenção militar, mas só fora dos círculos militares. Coronéis e generais não querem saber de golpe, nem de falar a respeito. O que eles querem mesmo é participar da vida política do país, disputando eleições. A figura mais emblemática é o deputado federal Jair Bolsonaro, que disputará a Presidência da República pelo PSL.

O general do Exército Paulo Cha­gas, do PRP, decidiu disputar o governo do Distrito Federal. O Patriota e o PSL de Bolsonaro, além de outros partidos, devem apoiá-lo.

Aliados de Paulo Chagas sublinham que se trata de um democrata, de discurso tão firme quanto o de Bolsonaro. “Só que muito mais preparado para governar”, afirma um correligionário.

Jofran Frejat, de 81 anos, do PR, lidera as pesquisas, com quase 30% das intenções de voto. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB), irmão gêmeo da impopularidade, é o segundo colocado, mas o general Paulo Chagas, que está se tornando conhecido, está cada vez mais próximo, pouco atrás da terceira colocada, Eliana Pedrosa.

Fica-se com a impressão de que, em Brasília, os eleitores estão mais interessados em arrancar Rodrigo Rollemberg do governo do que em bancar um candidato de qualidade.