A empresa não está fechando as portas. Para reduzir custos, o grupo pretende terceirizar sua produção de sorvete

A sorveteria Freddo do Shopping Iguatemi de Brasília — com seu celebrado sorvete artesanal de doce de leite — fechou as portas. Comerciantes em volta sugerem que estava difícil bancar os custos da franquia, além do aluguel do espaço. Mas a crise da Freddo é maior do que um simples fechamento de uma sorveteria. Em 2018, devido à crise da economia argentina, o faturamento caiu (a direção alega-se altos custos de produção, decorrentes de problemas de logística). Por isso a empresa decidiu fechar sua fábrica de Buenos Aires e vai, segundo reportagem de Glauce Cavalcanti, de “O Globo” (quarta-feira, 12) — que usa matéria de “La Nación” como base —, rever “seu modelo de negócios”. A Freddo não vai acabar, mas vai terceirizar a fabricação de seu sorvete.

Sessenta funcionários serão demitidos. Além do fechamento da fábrica, localizada no bairro de Balvanera, a Freddo “deixará de ter lojas próprias, optando pelo modelo de franquias”. A primeira loja do grupo fica na Recoleta, na capital do país, e funciona desde 1969. “La Nacion” informa, baseado em informação interna, que a Freddo “vai buscar fábricas de ‘primeira linha’ para a produção de seus sorvetes”.

Com 150 filiais no mundo, a Freddo pretende, segundo “La Nación” e “O Globo”, “fortalecer a marca e torná-la mais competitiva” em termos internacionais. Nos próximos anos, mesmo com crise, pretende “abrir 50 novas loja”. Mas todas serão franquias.

No Brasil, a Freddo não tem 30 franqueados (esperava ter 40 em 2016).