O presidente da Codego, Manoel Castro de Arantes — conhecido como Fião —, disse a um aliado, em Goianésia, que tende a deixar o comando do órgão.

Produtor rural, dono de terras e imóveis, Fião de Castro é milionário e estaria planejando voltar para Goianésia para articular a candidatura de seu filho, o deputado estadual Renato de Castro (União Brasil), para prefeito do município.

Fião de Castro se impôs uma tarefa: derrotar o prefeito Leozão Menezes (União Brasil, tende a se filiar ao PSD), que, tendo sido apoiado por ele e por Renato de Castro, teria “traído” os aliados e se juntado aos empresários e ex-prefeitos Jalles Fontoura e Otavinho Lage, ambos do PSDB.

De acordo com um pesquisador, dados preliminares indicam Renato de Castro como favorito para prefeito de Goianésia.

“Em 2020, Leozão ganhou como candidato-mochila — carregado pelo então prefeito. Tanto que abdicou de seu próprio sobrenome e passou a ser conhecido, na campanha, como Leozão do Renatão, com ênfase do marketing em ‘do Renatão’. Agora, sem o apoio de Renatão, é provável, como já alguém já disse, que se torne Renatinho do Otavinho, ou seja, uma figura mignon da política local”, afirma um político.

Desentendimento com o comando da Seinfra

Na conversa com o aliado, Fião de Castro teria revelado que, além de planejar sair da Codego para coordenar a campanha do filho, não está se entendendo com a secretario da Infraestrutura, Pedro Sales. A Codego é subordinada à Seinfra.

Com seu espírito organizador e empreendedor, Pedro Sales planeja reestruturar a Codego, acabando, assim, com a zona de conforto de alguns servidores. Ele cobra resultados, e não belos mas infrutíferos discursos.

Por fim, Fião de Castro teria dito que suas relações políticas e de amizade com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, estariam inteiramente mantidas. Eles dois são amigos há vários anos e se respeitam.

Portanto, Fião de Castro pode ficar no governo, mas não, possivelmente, na Codego. Talvez numa assessoria especial.(E.F.B.)