Falta sintonia entre Misael Oliveira e os eleitores de Senador Canedo. Prefeito é rejeitado

25 junho 2016 às 12h03

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Pode-se falar mal do ex-prefeito de Senador Canedo Divino Lemes (PSD) — sugerindo que não fez uma gestão tão criativa e inovadora quanto a de Vanderlan Cardoso. Mas as pesquisas de intenção de voto sempre mostram-no em primeiro lugar — à frente de Alsueres Mariano (PR) e do prefeito Misael Oliveira (PDT). O eleitor está dizendo, ao bancá-lo, que não quer os grupos que estão no poder há 12 anos — o de Vanderlan e o de Misael? Pode ser. É provável que o desgaste de Divino Lemes tenha ficado no passado, quer dizer, pode ter sido esquecido.
Há uma tendência a subestimar Zélio Cândido, porque o empresário não tem deslanchado. Porém, quando começar a campanha de fato, com Vanderlan bancando-o de maneira mais ostensiva, o quadro pode mudar. Acrescente-se que, ao contrário de outros postulantes, tem estrutura financeira para bancar uma campanha consistente, inclusive com a contratação de um marqueteiro de primeira linha. Até há pouco, falava-se que Izaura Cardoso, mulher de Vanderlan, poderia substitui-lo. Tudo indica que não há mais como retirar Zélio do páreo.
O caso mais complicado é o de Misael. O prefeito fez obras, não é apontado como gestor desqualificado. Mas as pesquisas e as ruas são implacáveis. Sua rejeição é alta, quase incontornável. Eleitores e políticos têm na ponta da língua os motivos da rejeição do líder do PDT: arrogância no tratamento pessoal, indiferença com os pleitos dos indivíduos, inclusive dos aliados, e falta de tato no relacionamento direto. O prefeito é visto como um cidadão que não atende populares, políticos e empresários. Frase de um aliado: “Misael fica feliz por não atender telefonemas”.
Um vereador é peremptório: “O eleitor de Senador Canedo quer devolver Misael à política de Goiânia, que, na verdade, é sua cidade. Ao menos em termos do nosso município, o prefeito é um político de proveta, uma invenção de Vanderlan que deu errado”. De fato, falta sintonia entre o prefeito e os eleitores.