Ganha-se uma eleição majoritária, sendo de oposição ou da situação, quando se tem expectativa de poder.

No momento, a expectativa de poder está com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, que disputa a reeleição em céu de brigadeiro.

A expectativa de poder está com Ronaldo Caiado e não com Gustavo Mendanha, o candidato do Patriota, por vários motivos. Listemos alguns.

Primeiro, as pesquisas de intenção de voto sugerem que, com cerca de 60% dos votos válidos, pode ser eleito já no primeiro turno. O dado é música tanto para políticos quanto para os eleitores.

Segundo, há no Brasil a tradição do voto útil. Muitos eleitores não querem perder o voto e por isso apoiam aquele que acreditam que vai ser eleito.

Terceiro, a aliança política de Ronaldo Caiado é um verdadeiro exército eleitoral. Suas forças — de vários partidos — estão instaladas em todo o Estado. No Entorno de Brasília, por exemplo, não há um prefeito empenhado na campanha de Gustavo Mendanha.

Quarto, seu principal adversário, Mendanha, não conseguiu montar uma frente de oposição consistente. Por isso foi sendo esvaziado, antes mesmo do começo da campanha. Quando não quis compor com Marconi Perillo, candidato a senador pelo PSDB, deu um passo em falso. Os marconistas, como uma espécie de vingança, marcharam para o lado de Ronaldo Caiado — de maneira republicana, ou seja, sem pedir nada.

Quinto, há um reconhecimento de que, mesmo o país vivendo uma crise econômica, Ronaldo Caiado faz um governo que realiza e, ao mesmo tempo, lida de maneira exemplar com o social. Na questão da saúde, da educação e da segurança pública — serviços essenciais —, o gestor vai bem.

Sexto, há o aspecto ético. No governo de Ronaldo Caiado não há escândalos, não há roubalheira.

Sétimo, no começo da campanha, Mendanha começa a perder aliados, o que é um mau sinal. Vereadores, prefeitos e até o deputado Max Menezes decidiram abandoná-lo. Por falta de expectativa de poder e também de dinheiro. Há, na campanha do postulante do Patriota, sinais de fim de festa. Uma festa, não para comemorar uma vitória, mas de despedida. O candidato está ficando só — solamente só. A cada dia sua situação piora. Os políticos estão “fugindo” do ex-prefeito de Aparecida. Ele liga para as pessoas e elas não atendem. Estão sempre “viajando” — de acordo com suas secretárias. “Até o empresário Sandro Mabel anda sumido”, diz um mendanhista de Aparecida de Goiânia.