Ao aprovar as mudanças nas aposentadorias dos servidores públicos, mesmo a contragosto deles, governador garante salários em dia no Estado e nos municípios

Caiado em entrevista à Rádio Brasil Central | Foto: Ascom/ Divulgação

Reportagem do jornal A Tribuna, edição de sexta-feira (17/1), mostra que 13 municípios do Espírito Santo correm o risco de não conseguirem pagar o salário do funcionalismo. O caos nas contas públicas, porém, não é exclusividade, porém, dos municípios capixabas. Ao contrário, é realidade em todo o País. Governadores e prefeitos, com quase nenhuma exceção, têm dificuldade de honrar os compromissos e nem podem sonhar com investimentos.

Edição da Tribuna traz reportagem sobre a dificuldade de prefeitos pagarem o salário

O exemplo capixaba apenas reforça o acerto do governo Ronaldo Caiado (DEM) em ter enfrentado a discussão da reforma da Previdência dos servidores públicos estaduais e, mais, ter incluído o funcionalismo municipal na proposta aprovada no fim de 2019 na Assembleia Legislativa.

O rombo da Previdência nos 175 municípios que têm regime próprio, assim como no Estado, é gigantesco. De acordo com projeções do presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM), Haroldo Naves (MDB), que é prefeito de Campos Verdes, grande produtor de esmeraldas, a reforma economizará R$ 16,3 bilhões das prefeituras em 20 anos – valor que seria gasto com pagamento de aposentadorias e pensões.

Para os cofres do governo, a economia projetada é de R$ 6 bilhões em dez anos. É dinheiro que pode ser revertido para educação, saúde, segurança e estradas. E para os próprios servidores, que têm uma garantia maior de que poderão receber seus salários em dia.

É bom lembrar que toda essa discussão nem deveria ter chegado até aqui. Caiado enfrentou o que a Câmara dos Deputados deveria ter enfrentado, mas que, por medo do desgaste político, deixou Estados e municípios fora da reforma da Previdência votada no Congresso.