O que se descobriu a respeito da Eletro Radiante, empresa de José Renato? Que o esquema (ninguém sabia que lâmpadas de led e cositas más davam tanto dinheiro) era assim: abria-se uma picada numa prefeitura e, depois, se passava a outra. Um negocinho de 1 bilhão de reais, em dezenas de prefeituras de Goiás e do Tocantins. Com licitações aprovadas, com aparência de legalidade, mas altas manipulações e rachids.

Sabe-se que, com a fartura que há de informações — supostamente fornecidas por laranjas e executivos —, uma nova operação pode resultar em prisões e alguns prefeitos devem se sair muito mal (podem nem mesmo disputar mandato daqui a três meses). “O caso Radiante mal começou”, assinala um advogado. “Há uma mina de lama a céu aberto.”

As novas investigações envolvem, de acordo com a fonte, uma cidade gigante e outras cidades de médio porte de Goiás (numa delas, no Sul do Estado, a Radiante teria feito negócios no valor de 26 milhões). No esquemão há cidades do Sudeste e do Sudoeste de Goiás. E, claro, de outras regiões.

A Radiante funcionava conectada a quatro outras empresas, todas supostamente do mesmo dono, José Renato, mas não exatamente no nome dele. O fato é que o empresário plantava e o laranjal dava flor em várias prefeituras.

Diz-se que, quando uma pessoa da Radiante esteve presa, começou a ameaçar prefeitos, informando que poderia abrir o bico. Resultado: tais prefeitos começaram a pagar os “atrasados”. (E.F.B.)