Empresário ligado a Bolsonaro propõe fim da proibição de jogos e abertura de cassinos no Brasil

“Liberar é melhor do que proibir; com a proibição joga-se escondido, vai pra contravenção. Aprendi muito jogando; a maioria dos jogos é um exercício de probabilidade”

O dono da construtora Tecnisa, Meyer Nigri, é um dos principais amigo do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a revista “Veja”, o empresário bancou a nomeação do procurador-geral da República, Augusto Aras, e do ex-ministro da Saúde Nelson Teich. Ele também é responsável pela aproximação do chefe do Executivo da comunidade judaica. Ao menos uma de suas ideias já foi aproveitada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. “Por sugestão do empresário, a Caixa [Econômica Federal] lançou uma linha de crédito imobiliário que usa a inflação oficial (IPCA) para corrigir as prestações da casa própria.” Ele afirma que a medida beneficiou mais o comprador do que o mercado imobiliário.

O repórter da “Veja” Daniel Pereira pergunta Para Meyer Nigri: “Por que o sr. é a favor da liberação dos jogos de azar e dos cassinos? Sua resposta: “Como liberal, sou a favor de liberar o jogo. Não sou dono de cassino e não tenho vontade de ser. Não quero fazer nenhum empreendimento imobiliário, pelo menos até o momento, que envolva ter cassino ou ter jogo, nada. É simplesmente uma posição minha. Liberar é melhor do que proibir, porque com a proibição a pessoa joga escondido, vai para a contravenção. Também acho o jogo uma coisa muita instrutiva. Aprendi muito jogando, porque a maioria dos jogos é um exercício de probabilidade, uma aula de matemática. Se eu fosse professor de faculdade, daria um curso de pôquer na sala de aula, porque é o melhor jeito de ensinar business para alguém”.

Meyer Nigri é, nas suas palavras, “um dos grandes representantes do Secovi”.

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