Em defesa de Pedro Wilson, Olavo Noleto teria “vetado” Antônio Caldas no Iphan
16 abril 2023 às 00h14
COMPARTILHAR
Síntese do que se comenta em Brasília, sobretudo em ministérios e no Palácio do Planalto: “Lula da Silva é o presidente da República, mas ainda opera, no segundo escalão, com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro — que já estão até acomodando e acreditando que continuarão nos cargos”.
O governo de Lula da Silva, uma frente política desconjuntada, até agora não conseguiu nomear aliados para vários cargos qualificados da República. Como se sabe, não é o primeiro escalão — que dá ordens — que opera a máquina pública. É o segundo escalão que realmente põe o governo para funcionar. E o segundo escalão permanece, em vários cargos, bolsonarista.
Veja a batalha pela superintendência do Iphan em Goiás. O presidente nacional do órgão chegou a enviar um ofício para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, pedindo a nomeação de Antônio Caldas, da PUC-Goiás, para o cargo. Mas a nomeação ainda não saiu. Teria sido barrada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Não se sabe se a informação procede, mas comenta-se que o ministro teria dito que é preciso ouvir com mais atenção o PT em Goiás e deputados federais da base governista.
A corrente de Olavo Noleto estaria patrocinando o nome de Pedro Wilson para a superintendência do Iphan. Um deputado atribui a Noleto o suposto “veto” a Antônio Caldas, sob alegação de que “não” tem a ver com o PT-raiz, ao contrário de Pedro Wilson, o mais histórico dos petistas goianos.
Aos 81 anos, Pedro Wilson teria sido convidado, sob intermediação de Olavo Noleto, para assessorar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na Fundação Chico Mendes.
Yussef Campos, professor-doutor da Universidade Federal de Goiás, também é cotado para dirigir o Iphan no Estado.
A rigor, Antônio Caldas e Yussef Campos, dos nomes apresentados, são os mais qualificados, em termos estritamente técnicos. Dizer isto não é equivale a sugerir que Pedro Wilson é desqualificado. Porque não é. O ex-prefeito de Goiânia é sociólogo e sua experiência administrativa e política faculta que possa assumir qualquer cargo.(E.F.B.)