Diretório do PT em Goiás diz não ter prazo pra definir quem será pré-candidato em Goiânia

08 outubro 2023 às 00h03


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Enquanto nos bastidores do mundo político já é dada como praticamente certa a pré-candidatura da deputada federal Adriana Accorsi (PT) à Prefeitura de Goiânia, o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores ainda não criva nenhum nome na disputa. Segundo a presidente do PT em Goiás, vereadora Kátia Maria, hoje a legenda trabalha com três possibilidades de candidaturas. “Vamos dialogar para tentar definir”, afirmou a liderança
Além de Adriana, também concorrem à vaga outros dois petistas históricos: o ex-reitor das Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira Brasil, e o deputado estadual Mauro Rubem. No entanto, por mais que fontes ligadas ao PT nacional reforcem que a filha de Darci Accorsi seria a escolha pessoal do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), o diretório estadual ainda não “comprou” essa ideia.
Outro burburinho também contribui para a indefinição. O nome de Adriana tem sido ventilado para assumir um futuro ministério: o da Segurança Pública. No entanto, em Brasília, há quem acredite na possibilidade que a goiana assuma o próprio Ministério da Justiça no lugar de Flávio Dino (PSB), uma vez que ele pode ser o nome escolhido por Lula para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse caso, a deputada e quase – quem sabe? – futura ministra trocaria Brasília para tentar a eleição em Goiânia?
Além disso, Kátia adiantou que o PT não decidirá sozinho sobre a questão, mas em federação. Ela lembrou ainda que o PCdoB lançou na última semana o nome do ex-deputado estadual Fábio Tokarski como pré-candidato e reconheceu que pode avaliar a possibilidade de um apoio, caso a federação assim decida.
Apesar de reforçar que não há um prazo para definição do nome que vai representar o PT na disputa pelo Paço, Kátia afirmou que a intenção é definir ainda neste ano para que tenha mais tempo para trabalhar. “Mas a eleições é só no ano que vem ainda temos prazo pra dialogar e maturar isso”, despistou.
No entanto, a orientação da cúpula nacional do PT é que nas capitais com lideranças que despontem em pesquisas e/ou que tenham obtido vitórias ou votações significativas nos dois últimos pleitos, candidaturas do tipo são recomendadas. É o caso de Goiânia.
No fim de agosto, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores publicou uma resolução com diretrizes para o próximo pleito. O documento em questão diz que todas as candidaturas devem ser colocadas publicamente ainda em 2023. Isso porque, já em dezembro, o PT deve realizar uma conferência com a participação de todos os pré-candidatos que disputarão as eleições de 2024. Na ocasião, já deve ser discutida toda a estratégia, comunicação e marketing eleitoral do ano que vem.
Enquanto nada é definido, a presidente estadual do PT destacou ainda que defende o diálogo para construir o consenso em torno do melhor projeto e melhor nome. Pensando nisso, o diretório municipal estaria em contato com diversos partidos. Entre eles estão o Psol, a Rede, o PSDB, o PDT e o PSB. (ELJ)