Dinheiro vai ser o grande problema das eleições de 2016, dizem políticos
07 novembro 2015 às 12h26
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O Jornal Opção perguntou para seis líderes partidários: qual vai ser o principal problema das eleições de 2016? Inicialmente, pensou-se que os políticos diriam que seria a campanha mais curta, pouco mais de 40 dias. Mas todos disseram que isto não será problema, porque se terá tempo, na pré-campanha, para expor nomes e projetos.
O principal problema será, concordam os entrevistados, dinheiro. A campanha de 2016 tende a ser mais espartana. Por 2 motivos.
Primeiro, há a crise econômico-financeira — que não será debelada em 2016. Há a possibilidade de se agravar. O empresário tende a colocar menos recursos na campanha.
Segundo, e mais decisivo, na opinião dos políticos, é a questão de possíveis investigações tanto do Ministério Público quanto da Polícia Federal. Eles dizem que as prisões de empresários bilionários, como o presidente da Odebrecht, assustam empresários de grande, médio e pequeno porte.
Os empresários temem que, mesmo colaborando como pessoa física, sejam convocados para apresentar explicações. É certo que não vão deixar de colaborar, pois muitos mantêm negócios e contatos com políticos, mas colocarão um pé atrás e vão se cercar de determinados cuidados. Noutras palavras, tentarão trabalhar mais na legalidade — se isto é inteiramente possível em campanhas eleitorais.
O certo é que, desde já, vários empresários, afiançam os políticos, estão mais cuidadosos e, sobretudo, temerosos com o financiamento das campanhas. “No final, independentemente da mudança das leis, são os empresários que bancam as campanhas. Só quem tem excedente financeiro pode distribui-lo em campanhas eleitorais”, afirma um deputado federal.