A incógnita é o nome bancado pela família de Orlando Naziozeno. Dietz é um dos destaques locais. Xavier conta a força do governador

Tiago Dietz: pré-candidato pelo PTB| Foto: Divulgação

O governador Ronaldo Caiado (DEM) vai bancar Willian Xavier para prefeito de Crixás. O advogado e professor universitário não é apontado pelas elites políticas locais como o favorito. Mas, com o apoio do gestor estadual, passa a ter força. Por que o apoio do governador a Xavier? “Porque é apontado como leal a Caiado. Quando o governador estava na oposição, ele jamais o abandonou”, diz um líder do Democratas.

Willian Machado: pré-candidato do DEM | Foto: Facebook

Parte do DEM local preferia bancar a candidatura do vereador Tiago Dietz ou do médico Carlos Seixo Brito, o Dr. Carlos. Os dois são considerados mais viáveis eleitoralmente. Mas não conseguiu.

Tiago Dietz trocou o PSDB pelo PTB e é considerado um dos candidatos mais consistentes, porque tem condições de agregar uma frente ampla. Ele tem o apoio do deputado estadual Iso Moreira, ligado ao governador Ronaldo Caiado.

Plínio Paiva, prefeito de Crixás

Como presidente da Câmara, Tiago Dietz se tornou um político popular na cidade.

O Podemos vai bancar a Professora Cláudia, ex-secretária da Educação municipal.

A incógnita do pleito são Roberto Naziozeno e Alan Xavier — que se apresentam como herdeiros do falecido ex-prefeito e médico Orlando Naziozeno. Roberto Naziozeno é irmão de Orlando. Alan Xavier é genro. O MDB, ao menos com Orlando, era um partido forte no município. Resta saber como ficará sem o político que faleceu.

O prefeito Plínio Paiva postula a reeleição, mas está desgastado. Ele inclusive — acusado de cometer irregularidades — já foi afastado da prefeitura; depois, reassumiu, mas faz uma gestão mal avaliada, sem norte e sem brilho. Pode ser subestimado? Não. Porque a máquina pública sempre conta em disputas eleitorais. Entretanto, com o Ministério Público e a Justiça Eleitoral atentos, o gestor municipal terá dificuldade de usar a prefeitura em benefício de sua campanha. Os demais candidatos agora contam com o fundo eleitoral de seus partidos (se o fundo, claro, não for direcionado para resolver problemas decorrentes da pandemia do novo coronavírus).