Derrota de Cristóvão Tormin na Câmara pode “atrair” derrota para Cambão em 2020
15 dezembro 2019 às 00h00
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Artífice da Abertura, Golbery do Couto e Silva disse que no bojo de uma derrota sempre ocorre outra derrota
O general Golbery do Couto e Silva, ministro do governo do presidente Ernesto Geisel e principal artífice da Abertura, dizia que, no bojo de uma derrota, pode-se esperar novas derrotas. Na semana passada, o prefeito de Luziânia, o latin lover Cristóvão Tormin, do PSD, moveu mundos e fundos para tentar eleger o presidente da Câmara Municipal. Mas não conseguiu convencer nem mesmo uma aliada, a vereadora Valdirene Tavares — que era secretária da prefeitura —, a votar em seu candidato. O gestor está cada vez mais isolado — tentando conquistar ou manter espaços de poder com base no uso intensivo da estrutura pública.
Apesar das pressões de Cristóvão Tormin, os vereadores de Luziânia se rebelaram e elegeram Felipe do Mandú para presidente da Câmara. Ele obteve 11 votos, quer dizer, a maioria. A questão vai ser judicializada, porque o grupo do prefeito não aceita a derrota legítima.
A vitória de Felipe do Mandú na Câmara Municipal pode ser o primeiro tempo da “finalíssima” que será disputada em outubro de 2020 pelos deputados Diego Sorgatto, do DEM, e Wilde Cambão, do PSD. Os dois devem disputar a Prefeitura de Luziânia. Se a teoria de Golbery do Couto e Silva — que, por sinal, tinha uma chácara em Luziânia — estiver certa, que uma derrota “atrai” outra derrota, há um grande risco para Wilde Cambão.
Diego Sorgatto, se eleito, planeja governar para todos os moradores de Luziânia. Não quer repetir o sistema de Cristovão Tormin — que governa para “núcleos de poder e interesses pessoais”, quer dizer, grupos de aliados e amigos. Trata-se do novo contra o coronelismo político.
O que Cristóvão Tormin mais teme é que, se Diego Sorgatto for eleito prefeito, uma ampla auditoria será feita na prefeitura.