Deputados dizem que inflexibilidade do palácio dinamitou Álvaro e deve queimar candidatura de Henrique Cesar
30 janeiro 2019 às 17h15
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Encontro entre governador e deputados anulou chances de Álvaro, que retirou sua candidatura para apoiar parlamentar ligado à Assembleia de Deus
O movimento palaciano que embalava a candidatura do deputado estadual Álvaro Guimarães à presidência da Assembleia Legislativa foi totalmente descartado nesta quarta-feira, 30. Reunião na terça à noite, entre o governador Ronaldo Caiado e os deputados dissidentes Lissauer Vieira, Dr. Antonio e Iso Moreira, foi considerada desastrosa para as pretensões de Álvaro.
Os deputados foram ao palácio para tentar uma composição com o governo, mas contam que encontraram uma postura inflexível de Caiado. A conversa chegou a ficar tensa e o resultado acabou fortalecendo ainda mais a candidatura de Lissauer Vieira, cujos apoiadores afirmam já contar com mais de 28 votos – sete a mais do que o necessário para a vitória.
A pá de cal na candidatura de Álvaro aconteceu durante a manhã desta quarta. A articulação do governo colocou na praça a ideia de trocar o decano parlamentar pelo jovem Henrique César, deputado ligado à Assembleia de Deus e que foi o mais votado na eleição passada.
Segundo apoiadores de Lissauer, faltou habilidade para prever que a maior parte do apoio a Álvaro era em função do relacionamento pessoal dele com os outros parlamentares. Os deputados elogiam o decano por sua cordialidade, mas demonstravam insatisfação com a forma “de cima para baixo” que sua candidatura foi imposta.
Como resultado, dos 11 votos que ainda restavam a ele, dois acabaram migrando para Lissauer, logo que as articulações acerca de Henrique Cesar começaram nesta quarta-feira.
Assim, Lissauer é agora virtual presidente da Assembleia Legislativa. O governo, que queria Álvaro a todo custo, dificilmente conseguirá reverter a tendência. Neste momento, já há quem fale em vitória de Lissauer com mais de 30 votos.