Deputado que recebeu propina da JBS deve fazer delação premiada
Euler de França Belém
30 maio 2017 às 07h34
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Emissários do parlamentar do Paraná, ligado ao presidente Michel Temer, conversaram com investigadores da Operação Lava Jato
Defesa de Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) procurou investigadores da Lava-Jato
O repórter Jailton de Carvalho, de “O Globo”, publica reportagem na terça-feira, 30, “Deputado da ‘mala da propina’ da JBS planeja delação premiada, na qual contam que os advogados de Rodrigo Rocha Loures, do Paraná, procurou investigadores da Operação Lava Jato com o objetivo de contar tudo que sabe , e não apenas sobre os 500 mil. “Em encontro na semana passada, um emissário de Loures quis saber quais seriam as chances de uma delação premiada do deputado ser aceita. A abordagem surpreendeu os investigadores. Esse não era o objeto declarado da reunião. Depois de confabular com outros colegas, os investigadores responderam que, àquela altura dos acontecimentos, um eventual acordo de colaboração dependeria da disposição do parlamentar denunciar os demais cúmplices”, frisa o jornal.
A força-tarefa da Lava Jato vê a delação do deputado Loures com olhos, segundo “O Globo”. Apesar dos indícios contundentes dos crimes, seu depoimento fecharia o quadro, confirmando, de maneira definitiva, para quem era o dinheiro. “Investigadores da Lava-Jato informaram a um emissário de Rocha Loures que, se ele realmente está interessado num acordo de delação premiada, terá que entregar todos os cúmplices da organização criminosa acusada de receber suborno dos donos da JBS e tentar obstruir as investigações sobre as supostas fraudes. Para investigadores, não bastaria uma admissão de culpa e a revelação de crimes já investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal. Com base nos dados já obtidos até momento, o STF já abriu inquérito contra Temer, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), contra o próprio Loures, entre outros envolvidos”, ressalta “O Globo”, jornal que deu a notícia em primeira mão. Loures, comenta-se, não quer pagar sozinho por um crime que teria cometido supostamente a mando.
