Delegado Waldir fala de relacionamento com Caiado e sustenta que Distritão não será aprovado
25 julho 2021 às 00h01
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O deputado federal sublinha que o MDB não deve abrir mão de Gustavo Mendanha e que alianças verdadeiras só serão definidas em 2022
O deputado federal Delegado Waldir Soares (PSL), o mais bem votado da história de Goiás, planeja disputar mandato de senador em 2022. No sábado, 24, ele concedeu uma entrevista ao Jornal Opção e discutiu vários temas.
Procede que está se reaproximando do governador Ronaldo Caiado?
“Na verdade, o que nós temos são divergências localizadas. Recentemente, participamos juntos de dois eventos. Mas não existe uma aproximação política. O governador reconheceu, num evento em Rialma, que não pôde cumprir com o que foi acordado com o PSL em 2018.”
O sr. avalia que Gustavo Mendanha pode disputar o governo de Goiás pelo PSL?
“Mendanha é um político querido, capacitado, e é o prefeito mais bem avaliado de Goiás. Todo líder gostaria de tê-lo no seu partido — o PSL não é diferente. Mas sabemos da excelente relação que ele tem com o MDB. Não acredito que o MDB abriria mão de seu passe.”
O presidente Jair Bolsonaro é mesmo carta fora do baralho no PSL? Acredita que se filiará a um partido do Centrão, como o PP?
“O presidente Bolsonaro não vai se filiar ao PSL. O jornalista José Luiz Datena, apresentador da Band, filiou-se com o objetivo de ser o candidato do PSL a presidente da República. Bolsonaro diz que é do Centrão e que, por isso, deve se filiar a um partido com tal perfil ideológico. Mas ele está encontrando dificuldade. O PP tem alianças com o PT. E o presidente não terá controle dos recursos do Fundo Eleitoral e dos diretórios, como estava exigindo de outros partidos.
Na sua opinião, o MDB realmente já fechou com o governador Ronaldo Caiado?
“É complicado opinar sobre outros partidos. Mas, pelo cenário que vejo, o MDB, como o PSL, ainda não definiu suas alianças. A formatação de alianças, para além das especulações, deve acontecer apenas no próximo ano, com as pesquisas eleitorais. Existe um clamor para que haja uma candidatura de oposição, o que é natural numa sociedade democrática.
Mantém a decisão de disputar mandato de senador?
O PSL busca ser protagonista. O PSL tem três deputados estaduais, dois federais, prefeitos e vereadores. É o partido que tem maior tempo de televisão e maior fundo eleitoral. Os projetos vão depender das pesquisas eleitorais, das alianças com outros partidos e do diálogo com a sociedade.
Os deputados federais Magda Mofatto e José Nelto sustentam que o Distritão será aprovado. Concorda ou discorda?
“No meu entender, o Distritão não será aprovado, porque exclui a fidelidade partidária. Os presidentes dos grandes partidos não querem o Distritão.”
O ex-governador Marconi Perillo está no jogo para a disputa de 2022?
“Não se pode esquecer que foi governador, senador e deputado federal. É muito experiente na política goiana e tem gente que tem saudade dele. Deixou muitas obras. Mas [seu retorno] depende das pesquisas eleitorais.