Com o pai internado em São Paulo, com Covid-19, Daniel Vilela articulou na capital e no interior. Mendanha se tornou “padrinho” de Maguito Vilela

Na eleição para prefeito este ano o MDB contou com dois hábeis operadores políticos: seu presidente estadual, o ex-deputado estadual Daniel Vilela, e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha.

Como Aparecida e Goiânia são cidades conurbadas, Gustavo Mendanha tem influência sobretudo nos bairros limítrofes — o que contribui para o fortalecimento do candidato do MDB a prefeito, Maguito Vilela. De qualquer modo, invertendo a lógica de 2016, quando se candidatou a prefeito pela primeira vez, Gustavo Mendanha agora se tornou “padrinho” político do postulante emedebista na capital.

Daniel Vilela, Gustavo Mendanha e Maguito Vilela | Foto: Divulgação

Entretanto, dadas sua candidatura a prefeito e a necessidade de sua participação em Goiânia, Gustavo Mendanha não articulou em todo o interior.

Tanto em Goiânia quanto no interior, o principal articulador foi Daniel Vilela. O jovem político se revelou incansável, posicionando-se com firmeza e visitando a maioria dos municípios nos quais o MDB tem candidato a prefeito.

Ao mesmo tempo, Daniel Vilela usou a disputa de 2020 para firmar e reafirmar seu projeto para 2022, quando pretende disputar cargo majoritário — o governo de Goiás ou mandato de senador —, e estabelecer novas alianças políticas. A partir de Goianésia, surgiu a possibilidade de compor com os irmãos Otavinho Lage e Jalles Fontoura, do PSDB, ambos ex-prefeitos do município e empresários com grande força eleitoral no Vale do São Patrício.

O que Daniel Vilela mostrou, no processo eleitoral deste ano, é que ele e o MDB estão no jogo político de Goiás, com ampla base política sedimentada em todo o Estado. Mesmo nas cidades onde não vão conseguir eleger prefeitos, ficará uma base disposta a levantar-se para trabalhar na campanha do partido em 2022.