Vilelistas e iristas se uniram para comemorar vitória de Daniel Vilela. Mendanhistas criticaram o presidente do MDB e Iris Rezende

Daniel Vilela e Gustavo Mendanha | Foto: Divulgação

Na convenção do MDB três “peixes” pareciam inteiramente fora d’água: Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia; Sandro Mabel, dono da Mendez Alimentos (produtora de molho de pimenta), e Paulo Cezar Martins, deputado estadual. Mabel chegou, votou e caiu fora — “descabreado”, segundo um emedebista. Mendanha ficou mais um pouco, mas não demorou a ir embora. “Estava com cara de tucano e não de emedebista”, brincou um líder emedebista. Os três mosqueteiros — chamados pelos emedebistas de “neo-marconistas” — estavam mais perdidos do que cego em tiroteio de cegos. “Totalmente ‘vendidos’”, sublinha um decano emedebista. “É como se dissessem: ‘a turma do MDB não é a minha. Tenho de ir embora’.”

O grupo de Iris Rezende — por exemplo, Samuel Belchior — compareceu em peso para hipotecar apoio ao presidente reeleito Daniel Vilela. Os iristas comentavam que Iris Rezende e Daniel Vilela vão fechar aliança com Ronaldo Caiado e que o MDB terá uma vaga na chapa majoritária — que tanto pode ser para o líder histórico quanto para o líder mais jovem. A aliança está prestes a ser sacramentada. “Daniel Vilela tem responsabilidade com o partido, e não com projetos pessoais e ideários de políticos vaidosos. O MDB quer eleger uma bancada forte de deputados estaduais e federais”, comentou um deputado emedebista. Os parlamentares Bruno Peixoto e Humberto Aidar são defensores da aliança do MDB com o DEM.

Na convenção do MDB, Daniel Vilela foi reeleito por unanimidade. Contabilizaram um voto nulo e um em branco. Os demais foram todos a favor da recondução do jovem de 38 anos ao comando partido.