Desde que entregou a presidência do PSD a Vanderlan Cardoso, em março de 2023, Vilmar Rocha não esteve ocioso. Um dos políticos mais realizados de Goiás, deputado estadual por dois mandatos e deputado federal por cinco, o professor de direito agora se dedica ao Instituto Vilmar Rocha, um think tank e escola de formação política.

Desde que Vilmar Rocha deixou a presidência do PSD, seu instituto, em parceria com a Faculdade Evangélica de Goianésia, promoveu, aos finais de semana, cursos na área de administração de empresas e atendeu mais de 60 companhias. A partir do dia 6 de outubro, o Instituto Vilmar Rocha inaugura seu curso de formação e capacitação política e gestão municipal. Com as subseções da OAB Goiás, a entidade promoverá debates sobre direito constitucional e a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). Esta, inclusive, é uma área de domínio de Vilmar Rocha, que em 1993 contribuiu para a revisão da Constituição de 1988. 

Até novembro desde ano, Vilmar Rocha tem a agenda cheia. Segundo ele, seus planos são percorrer o Estado ministrando cursos e ajudando a formar novas lideranças. O projeto é político institucional, mas principalmente cultural. O Vale do São Patrício, seu berço político, é uma região formada por municípios que nem sempre tiveram suas vozes representadas no poder institucional do estado, e a formação dos jovens é uma oportunidade para mudar essa realidade. 

2024

O ano sabático, entretanto, não vai ser prorrogado, garante Vilmar Rocha. A partir de 2024, o político retorna ao chão da fábrica, articulando alianças e trabalhando a escolha dos candidatos do PSD em todas cidades de Goiás. Mesmo agora, o ex-deputado não consegue se manter alheio aos movimentos recentes da política goiana, e afirma com veemência para quem quiser ouvir: “Esperar é um erro. Deve-se agir agora.”

Ele se refere à escolha de muitos postulantes à Prefeitura de Goiânia de aguardar até 2024 para lançar suas pré-candidaturas. Segundo Vilmar, ganham vantagem os partidos como o PT, que desde já define o nome de Adriana Accorsi como prefeitável. Seu próprio PSD tem Vanderlan Cardoso. O MDB e UB estão em dúvida; Gustavo Mendanha ainda não anunciou se disputará um cargo na Câmara Municipal ou se será um articulador de campanha. Em sua opinião, o início do ano é atravancado por recessos, de forma que os pré-candidatos só vão colocar a mão na massa de fato em março, a seis meses das votações. 

(I.C.W)