Chapa de Mendanha pode ter Valmir Pedro na vice e Alexandre Baldy pra senador
01 agosto 2021 às 00h01
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O ex-governador Marconi Perillo e Sandro Mendez estariam articulando tal chapa. Mas ainda não conseguiram “pescar” Mendanha para o projeto
Se quiser mesmo ser candidato a governador, e não será pelo MDB, o prefeito de Aparecida de Goiás, Gustavo Mendanha, vai precisar da estrutura do PSDB do ex-governador Marconi Perillo (o verdadeiro presidente do partido — aquele que decide e não faz figuração) e do empresário Sandro Mendez (também conhecido como Sandro Mabel), das Pimentas Mendez.
No momento, a chapa majoritária que a dupla Marconi Perillo e Sandro Mendez prepara é a seguinte: Mendanha (talvez pelo Podemos) para governador, o prefeito de Uruaçu, Valmir Pedro (PSDB) na vice, e Alexandre Baldy para senador. Como fica o deputado federal Delegado Waldir Soares? “O seu nome não está sendo discutido para a chapa majoritária, mas, se Valmir Pedro não aceitar a vice, pode ser o vice. O mais certo é que dispute a reeleição para deputado federal”, afirma um tucano. Comenta-se que, brevemente, Baldy levará Mendanha para uma conversa com Ciro Nogueira e o presidente Jair Bolsonaro (que tem dito que tem simpatia pelo governador Ronaldo Caiado).
Ressalva: Baldy está articulando para ser senador na chapa do governador Ronaldo Caiado, que é o favorito na disputa pela reeleição. “Baldy, de fato, está articulando para sair como candidato a senador na chapa de Caiado. Mas, como político e empresário inteligente, ele, como todos nós, sabe que, na aliança do governador, é carta fora do baralho. O preferido de Caiado para governador é Iris Rezende, do MDB, seguido de Henrique Meirelles, do PSD, e João Campos, do Republicanos. Baldy é o quarto da fila, ao lado do senador Luiz Carlos do Carmo, do MDB. Portanto, suas chances são próximas de zero. O jovem político comete um equívoco: está tentando pressionar Caiado a partir da política nacional, com o ministro Ciro Nogueira e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Mas a política nos Estados é definida nos próprios Estados, quer dizer, a interferência de Ciro e Lira não ajuda em nada; pelo contrário, acirra os ânimos”, afirma o experimentado tucano. “O que se comenta é pode ser oferecida a Baldy a suplência de Henrique Meirelles — o que ele dificilmente aceitará, dada sua estatura política, ao menos em Goiás, ser maior do que a do secretário da Fazenda e Planejamento do governo de São Paulo.”
Perillo e Sandro Mendez, raposas felpudas, apostam que realmente Mendanha será candidato a governador ao lado deles. Acreditam e, como ases da política, também não acreditam. Estão jogando e pescando. O prefeito de Aparecida de Goiânia está quase na rede, mas ainda não está na rede.
De um empresário ligado a Sandro Mendez, um repórter ouviu: “Sandro, um político sagaz, pode disputar mandato em 2022? Talvez sim, mas ouço dizer que ele está se preparando para ser presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), uma instituição poderosa. Mas também já ouvi dizer que pode ser candidato a senador e, se Mendanha não tiver coragem de disputar, optando por seguir o projeto de Daniel Vilela, Sandro pode até mesmo ser candidato a governador”.
Um segundo tucano disse ao repórter: “Sem Mendanha no jogo, a tendência é que o PSDB banque José Eliton para governador. Pode até não ganhar, mas tem discurso. O fato é que nós, das oposições, vamos ter candidato para enfrentar Ronaldo Caiado em 2022”.