De acordo com dois deputados, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, tem apreço pela secretária interina da Economia, Selene Péres Nunes, doutora em Contabilidade pela prestigiosa Universidade de Brasília (UnB). O gestor estadual teria sugerido, para mais de uma pessoa, que a executiva é “jeitosa”. Ou seja, sabe das coisas — entende bem o funcionamento da máquina pública. E na prática, não apenas na teoria.

Porém, segundo os mesmos deputados, não está descartada a possibilidade de o advogado Marcos Roberto Silva assumir a Secretaria de Economia, depois da transição feita por Selene Nunes.

Selene Péres Nunes, secretária interina de Economia | Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Marcos Roberto foi presidente do Detran e secretário de Comunicação do governo do Estado. Assim como Pedro Sales, agora na Secretaria de Infraestrutura, e Adriano Rocha Lima, um dos principais formuladores do governo, Marcos Roberto é um dos golden boys do governo, uma espécie de faz-tudo. E um faz-tudo que faz bem-feito, que opera como competência e decência. E ele tem uma visão estrutural do que é o governo, e não apenas de um setor.

Dirão: é advogado. Tem razão. É. Assim como o empresário Jalles Fontoura era engenheiro, e não economista (nem tinha mestrado e doutorado), e Haley Margon Vaz não era, tecnicamente, dos ramo das finanças. E ambos foram ótimos secretários da Fazenda — e quem diz isto são auditores fiscais experimentados.

Na verdade, Marcos Roberto é um advogado que entende de finanças. Tanto que é tesoureiro do União Brasil — gerindo uma ampla estrutura.

Mais: Marcos Roberto é, como técnico e político (sim, tanto que é tesoureiro do União Brasil), um indivíduo da estrita confiança do governador Ronaldo Caiado.

O segundo governo de Ronaldo Caiado terá mais investimentos — não vai se optar tão-somente por ajustes —, pois o objetivo do gestor estadual é ampliar o crescimento econômico e o desenvolvimento (a repartição dos benefícios do crescimento com a sociedade, notadamente com os mais pobres).

Portanto, para um governo que vai investir e dará destaque ao social, precisa-se de um secretário de Economia que tenha visão política e não seja, como Cristiane Schmidt, meramente monetarista (o Estado deve ser colocado a serviço das pessoas, de todas, e não meramente o mercado). Marcos Roberto é o nome certo para o lugar certo. Acrescente-se que o corpo técnico da Secretaria de Economia é de excelente qualidade. “Cristiane Schmidt não é nenhuma expert em questão tributária, mas foi muito bem assessorada por técnicos de primeira linha”, afirma um auditor fiscal. (E.F.B.)