O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto (União Brasil), é uma força da natureza e, como tal, não é possível segurá-lo.

Primeiro, foi eleito presidente da Alego, numa operação de grande habilidade política.

Segundo, quando colocou seu nome para a disputa da Prefeitura de Goiânia, houve gente que duvidou. Mas, ao contrário de outros pré-candidatos — dormem cedo e acordam tarde —, Bruno Peixoto não tem preguiça. Ele dorme tarde e acorda cedo. Às 6 horas da manhã, o deputado já está ao telefone, conversando com aliados e populares, ou mesmo em reuniões (sua inspiração é o ex-prefeito da capital Iris Rezende, que tinha o hábito de marcar reuniões para bem cedo).  O parlamentar ainda tem outro mérito: está sempre de bom humor.

Na semana passada, um repórter do Jornal Opção ouviu pelo menos cinco pessoas próximas do governador Ronaldo Caiado. Todas disseram a mesma coisa: dada sua experiência política, o gestor estadual fica satisfeito quando surge, ao seu lado, um político que quer crescer, politicamente, e sabe operar para tal, independentemente de seu “empurrão”.

Ao contrário de Jânio Darrot (MDB), um político de excelente qualidade, Bruno se coloca, está sempre presente, se movimentando.

O deputado Gugu Nader (Agir) pergunta: “Quando será que Bruno Peixoto dorme?”. E ele mesmo responde: “Acho que dorme nos sonhos, mas acordado. Nunca vi um político tão incansável e que está sempre com a cara alegre, reunindo-se com dezenas de pessoas por dia. Nos bairros, é um sucesso absoluto. Recentemente, ouvi de um popular: ‘Finalmente, temos um novo Iris Rezende’”.

Ligado ao senador Jorge Kajuru, Renato Bernardes corrobora: “Bruno está virando ‘febre’ em Campinas. Não digo que será eleito, mas é um postulante muito forte, porque gosta de política e de gente”.

Há quem aposte que Bruno Peixoto irá para o segundo contra Adriana Accorsi, do PT. Como assim, se o senador Vanderlan Cardoso, do PSD, aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto?

Analistas experimentados avaliam que há a possibilidade de, ao crescer, Bruno Peixoto contribuir para esvaziar, não Adriana Accorsi — cujo eleitorado é possivelmente mais fiel —, e sim Vanderlan Cardoso.

Então, a ascensão de Bruno Peixoto tende a puxar Vanderlan Cardoso para baixo. Além do carisma do pré-candidato do União Brasil — que certamente terá um vice do MDB —, há a questão do exército eleitoral que vai conduzir sua campanha nos bairros de Goiânia. Será gigantesco. Vereadores, deputados e líderes comunitários serão, mais do que cabos, generais eleitorais. (E.F.B.)