Bolsonaro pode bancar candidato a governador em Goiás. Confira as apostas do presidente

16 maio 2021 às 00h02

COMPARTILHAR
Um filho do presidente disse que seu grupo está de olho em João Campos, Wilder Morais, Vitor Hugo, Gustavo Mendanha e num ex-ministro
Há poucos dias, um ex-deputado goiano conversou demoradamente com um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. De repente, o político disse: “Quem você acha que o presidente pode lançar para governador em Goiás?”
Desconcertado, o ex-deputado disse: “Não tenho a mínima ideia. Por que me pergunta?” O jovem explicou que o presidente precisa de um palanque em Goiás. O ex-deputado ponderou: “O eleitorado de Goiás é muito pequeno”. O filho de Bolsonaro teria afirmado que a eleição de 2022 vai ser muito disputada, dada a alta polarização com Lula da Silva, do PT, por isso mesmo os votos de Estados com menos eleitores podem ser decisivos.
O ex-deputado quis saber se o bolsonarismo havia pensado em algum nome. O filho do presidente mencionou quatro nomes nomes: João Campos (Republicanos), Major Vitor Hugo (PSL), ambos deputados federais, o ex-senador Wilder Morais, hoje no PSC, e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, do MDB.
O ex-deputado sugeriu que João Campos tende a fechar com o governador Ronaldo Caiado, se for aceito em sua chapa como candidato a senador. E acabou por ouvir que o deputado é “muito ligado” ao presidente Bolsonaro.
Depois de sugerir que Vitor Hugo deve disputar mandato de deputado federal ou de senador, o ex-deputado ouviu que se trata de “um bom nome” e que “é um político leal”. É da “cozinha” do presidente Bolsonaro. De maneira enigmática, sugeriu um quinto político, mas não mencionou seu nome. Disse apenas que é ex-ministro.
Se o Democratas fechar aliança com Bolsonaro, aí a tendência é que o presidente apoie a candidatura de Ronaldo Caiado em Goiás. Mas a cúpula política do Palácio do Planalto lida com a hipótese de que o partido Democratas trabalha em três fronts: 1 — lançamento de candidato próprio a presidente, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (adversário figadal de Bolsonaro); 2 — lançamento do vice do candidato do PSDB a presidente, sobretudo se o postulante for Tasso Jereissati; e 3 — uma composição com Bolsonaro (no segundo turno, entre o presidente e Lula da Silva, o DEM ficará com o primeiro).