Um filho do presidente disse que seu grupo está de olho em João Campos, Wilder Morais, Vitor Hugo, Gustavo Mendanha e num ex-ministro

Há poucos dias, um ex-deputado goiano conversou demoradamente com um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. De repente, o político disse: “Quem você acha que o presidente pode lançar para governador em Goiás?”

Desconcertado, o ex-deputado disse: “Não tenho a mínima ideia. Por que me pergunta?” O jovem explicou que o presidente precisa de um palanque em Goiás. O ex-deputado ponderou: “O eleitorado de Goiás é muito pequeno”. O filho de Bolsonaro teria afirmado que a eleição de 2022 vai ser muito disputada, dada a alta polarização com Lula da Silva, do PT, por isso mesmo os votos de Estados com menos eleitores podem ser decisivos.

O ex-deputado quis saber se o bolsonarismo havia pensado em algum nome. O filho do presidente mencionou quatro nomes nomes: João Campos (Republicanos), Major Vitor Hugo (PSL), ambos deputados federais, o ex-senador Wilder Morais, hoje no PSC, e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, do MDB.

O ex-deputado sugeriu que João Campos tende a fechar com o governador Ronaldo Caiado, se for aceito em sua chapa como candidato a senador. E acabou por ouvir que o deputado é “muito ligado” ao presidente Bolsonaro.

Depois de sugerir que Vitor Hugo deve disputar mandato de deputado federal ou de senador, o ex-deputado ouviu que se trata de “um bom nome” e que “é um político leal”. É da “cozinha” do presidente Bolsonaro. De maneira enigmática, sugeriu um quinto político, mas não mencionou seu nome. Disse apenas que é ex-ministro.

Se o Democratas fechar aliança com Bolsonaro, aí a tendência é que o presidente apoie a candidatura de Ronaldo Caiado em Goiás. Mas a cúpula política do Palácio do Planalto lida com a hipótese de que o partido Democratas trabalha em três fronts: 1 — lançamento de candidato próprio a presidente, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (adversário figadal de Bolsonaro); 2 — lançamento do vice do candidato do PSDB a presidente, sobretudo se o postulante for Tasso Jereissati; e 3 — uma composição com Bolsonaro (no segundo turno, entre o presidente e Lula da Silva, o DEM ficará com o primeiro).