Bolsonarista, Ugton Batista aposta em segundo turno entre Ronaldo Caiado e Major Vitor Hugo

19 junho 2022 às 00h00

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O pré-candidato a deputado federal afirma que “não há a mínima possibilidade de composição de Vitor Hugo com Gustavo Mendanha”
Pré-candidato a deputado federal, o bacharel em Direito, em Administração de Empresas e Teologia Ugton Batista, do PL, aposta que o segundo turno da disputa para governador de Goiás se dará entre o deputado federal Major Vitor Hugo, do PL, e o governador Ronaldo Caiado, do União Brasil.

“Ao entrar em campo, no momento apropriado, apresentando Major Vitor Hugo como seu candidato, Bolsonaro fará a diferença. A tendência é que Marconi Perillo, do PSDB, e Gustavo Mendanha, do Patriota, se desidratam”, afirma Ugton. “Por sinal, a mulher de Major Vitor Hugo é de Anápolis, a cidade mais bolsonarista de Goiás.”
Bolsonarista-raiz (ele contou ao presidente que, em 2017, teve um sonho de que ele seria candidato e seria eleito), Ugton assinala que o grupo político do pré-candidato a governador pelo Patriota, Gustavo Mendanha, tem espalhado uma “fake news das mais primárias”. “Ora, onde está a lógica do raciocínio dos que dizem que Major Vitor Hugo vai sair do páreo, mesmo sendo apoiado pelo presidente da República, para abrir espaço para Gustavo? Não há lógica nenhuma. Anote: não há a mínima chance — zero, insisto — de Major Vitor Hugo deixar de ser candidato para ser vice de Gustavo.” Ugton afirma que Bolsonaro tem dois candidatos a governador no país: Tarcísio de Freitas, em São Paulo, e Major Vitor, em Goiás. “Ele vai encampar as duas campanhas.”

Em Brasília, o grupo de Bolsonaro tem duas pré-candidatas a senadora — Damares Alves, do Republicanos, e Flávia Arruda, do PL. “Uma certamente irá a senadora e a outra, quem sabe, irá a deputada federal. Flávia Arruda está gestionando para Ibaneis Rocha ser o candidato de Bolsonaro a governador [irá à reeleição], mas claro que ele não pode apoiar Simone Tebet, do MDB, para presidente. Relevante mesmo é saber que o capital político-eleitoral de Bolsonaro em Brasília é imenso.”
Marconi Perillo, do PSDB, irá mesmo a governador? “Tudo indica que sim. Falei com um amigo, que é ligado ao tucano, e ele me garantiu que Marconi está definido como candidato a governador. Ele é forte, pois foi governador quatro vezes, mas não irá para o segundo turno. Sua rejeição impede uma vitória para governador. As bases de Gustavo e Marconi, como eles decidiram não se unir, estão divididas e, portanto, nenhum dos dois vai para o segundo turno. A candidatura de um prejudica a candidatura do outro”, analisa Ugton. “Sei que Marconi está tentando montar dois movimentos — o ‘bolsomar’ e o ‘luma’ —, mas isto não funciona mais, pois ninguém consegue enganar os eleitores, que estão mais maduros.”

Magda Mofatto, que não apoia a pré-candidatura de Major Vitor Hugo [apoia Mendanha], estaria cometendo infidelidade partidária e, na convenção, pode ter seu nome excluído da disputa para deputada federal? “Bem a convenção está chegando. Major Vitor Hugo tem uma pegada diferente, é parceiro, mas, como Bolsonaro, não aprecia quem pisa na bola. Por isso, não ficarei surpreso se a convenção não ‘aprovar’ a candidatura de Magda. É uma pena, porque Magda soma.”
O postulante bolsonarista sublinha que o PL tem “nomes consistentes para deputado federal”, como Daniel da Agrobom, Fábio Sousa, Gustavo Gayer, Hugo, Magda Mofatto, Professor Alcides Ribeiro e Ugton Batista. “O presidente Bolsonaro me pediu para colocar meu nome como candidato a deputado federal. Minha ficha no PL é abonada pelo presidente.”
Ugton aposta suas fichas na força eleitoral de Bolsonaro. “Ele vai ser reeleito presidente. Os eleitores sabem que é decente e está fazendo tudo para melhorar as condições de vida dos brasileiros. Você já ouviu Bolsonaro falando que vai ‘regular’ a imprensa? Claro que não. Mas Lula, do PT, fala a respeito e a imprensa fica ‘quieta’, como se não estivesse achando ruim. A mídia não denuncia a vocação autoritária do PT. Mas felizmente, para a imprensa, Bolsonaro vai ser reeleito. O resultado das urnas vai surpreender muitos institutos de pesquisa, mas não nós, bolsonaristas.”

Sobre a posição político-ideológica de Bolsonaro, Ugton tem uma opinião diversa da maioria dos analistas: “Eu não diria que o presidente é de direita, e sim que é de centro-direita. De fato, é conservador, mas não de direita. Sempre faço a seguinte pergunta: em qual partido de direita ele foi filiado? Em nenhum, é claro. Ele tem o hábito de falar a verdade e de não enganar a plateia. Não é, ao contrário de Lula, lobo fingindo que é cordeiro.”
A respeito dos programas sociais, Ugton frisa que “farão a diferença durante a campanha. A vida das pessoas está melhorando, aos poucos”.
Sobre a questão do preço da gasolina, Ugton sublinha que Bolsonaro “está agindo para reduzi-lo. Os eleitores percebem que o presidente não está omisso. Ele está se movimentando, pressionando a Petrobrás”.
Ugton é evangélico da Assembleia de Deus-Catedral da Família.