Iris Rezende, Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide, se quiserem ir para o segundo turno, têm de se criticar, para não ficarem com a imagem de que são iguais

Na semana passada, o Jornal Opção conversou com 15 políticos de vários partidos, dos grandes aos pequenos. A todos fez a mesma pergunta: algum nome estaria praticamente garantido para o segundo turno?

A maioria disse que é cedo para uma opinião peremptória e sugeriu que é preciso observar como será a campanha e a percepção desta pelo eleitorado. Porém, instados a apresentar uma opinião objetiva, a maioria admitiu que o nome mais garantido para o segundo turno, a se observar os dados de hoje, sobretudo as pesquisas de intenção de voto, é o do governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB. Eles sugerem que a força de Marconi advém do cartel de obras que está apresentando aos goianos e, também, à sua capacidade de articulação política, quer dizer, de organizar uma base de apoio ampla.

No primeiro turno, disseram os políticos, a batalha será menos contra Marconi Perillo e muito mais para garantir uma vaga no segundo turno contra o tucano-chefe. Iris Rezende, Antônio Gomide e Vanderlan Cardoso têm de se apresentar como rivais categóricos, não podem ficar se alisando, com o pensamento numa possível aliança no segundo. Os eleitores não podem considerá-los como “iguais”. Gomide vai insistir na imagem do “novo” e, para tanto, terá de dizer que Iris significa o “velho”.

Hoje, dizem os políticos, os dados apontam que Iris Rezende é quem mais tem chance de enfrentar o tucano. Porém, se continuar com a imagem de melhor freguês eleitoral do PSDB de Marconi, o eleitor de oposição (se existe esta figura) pode trocá-lo por Vanderlan Cardoso, do PSB, ou por Antônio Gomide, do PT. De qualquer forma, Iris, Vanderlan e Gomide terão de se atacar, e já no primeiro turno. Se pensarem na aliança no segundo turno podem comprometer seus projetos já no primeiro turno.