A base aliada acabou? Não. Mas alguns de seus integrantes sugerem que há uma crise
21 janeiro 2017 às 11h31

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Deputados governistas são frequentes interlocutores de Daniel Vilela em Brasília

Um deputado federal disse ao Jornal Opção: “A base aliada ‘acabou’ e, por isso, a dificuldade de o governador Marconi Perillo remontar o secretariado”.
O fato é que a base aliada ainda não acabou. Para dizer isto é preciso, primeiro, passar por uma eleição na qual a base deve mostrar-se dissolvida. Mas há uma verdade na frase: de fato, a demora para remontar o secretariado resulta da dificuldade em se reagrupar os líderes da base aliada.
Em Brasília, até por uma questão de proximidade, o deputado federal Daniel Vilela, de tão próximo dos deputados da base governista, deixa a impressão de: 1 — pertencer à base aliada; e 2 — e de ser o virtual candidato da base aliada ao governo de Goiás em 2018. Mas não é uma coisa nem outra. Mas um detalhe a ser examinado. O presidente do PMDB tem almoçado com frequência com Jovair Arantes e dialoga com frequência com Alexandre Baldy. No cardápio, além da comida, debatem a próxima disputa para governador.
Costuma-se dizer que políticos sentem o “cheiro do futuro” antes dos mortais comuns. Porém, sentindo ou não, o que dizem é que, em 2018, pode chegar o fim do Tempo Novo. Daniel Vilela é apontado como “mensageiro” do tal fim.
O PSD não quer marchar com José Eliton. Ou melhor, até caminha junto, mas exige uma vaga na chapa majoritária. Para Vilmar Rocha, como candidato a senador, ou para Thiago Peixoto, como vice. Se o projeto não vingar, não terá de pudor de fechar um acordo com Maguito Vilela, do PMDB. Frise-se que, em 2016, o PSD não apoiou o candidato do PSDB a prefeito de Aparecida de Goiânia. Apoiou o postulante do PMDB, que foi eleito, e já ocupa cargo de proa na gestão de Gustavo Mendanha. O PTB também não se entusiasma e mantém conversações com o PMDB de Maguito e Daniel Vilela. O PR de Magda Mofatto segue pelo mesmo caminho. Se a deputada não conseguir ser candidata a senadora pelo PSDB, pode compor com o PMDB, para figurar na chapa majoritária.