Articulando com o governador de São Paulo e com o presidente da Câmara dos Deputados, o ex-ministro se tornou um político nacional

O que quer o ex-ministro Alexandre Baldy, hoje secretário do governo de São Paulo (Estado que, na verdade, é, em termos econômicos, um país — o mais rico da América do Sul)? Muitas coisas, é claro. Mas, na política, não se sabe realmente o que vai acontecer: desejo é uma coisa; e realidade, outra.

Alexandre Baldy e João Doria: aliados administrativos e, em 2022, talvez políticos | Foto: Divulgação

Mas, sim, Baldy tem seus projetos. Dada sua discrição, não fala muito deles. Aliás, não fala quase nada. Gestor hábil, assume cargos espinhosos e, aos poucos, tais cargos deixam de ser espinhosos. Foi assim no Ministério das Cidades — que o consagrou, levando-o, em seguida, a ocupar uma secretaria estratégica no governo de João Doria, em São Paulo. Na área de transportes. Dele se ouve sempre dois termos: “determinado” e “competente”. Cumpre suas missões — o que é raro no setor público, no qual prevalece a paralisia, a inação.

Cotado para disputar o governo de Goiás — ou mandato de senador —, Baldy articula e trabalha para fortalecer sua base política, hoje composta de um senador, Vanderlan Cardoso, de um deputado federal, Adriano do Baldy, e de vários prefeitos e vereadores. O objetivo, daqui para 2020, é ampliar a base para que seu partido, o Progressistas, esteja entre aqueles que comandarão o processo sucessório. Uma coisa é certa: o PP vai bancar o candidato a governador ou o candidato a senador (só há uma vaga), em 2022.

Alexandre Baldy, secretário do governo de São Paulo, e Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados | Foto: Reprodução/Instagram

Entretanto, é preciso levar em consideração um fato. Baldy não é mais um político regional. Tornou-se um político nacional, articulando com os principais líderes da política do país, como o governador João Doria (PSDB), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e com o presidente do PP, Ciro Nogueira, entre vários outros. Ele dialoga com meio mundo. Recentemente, em Goiás, abriu, via Rodrigo Maia, um canal com o governador Ronaldo Caiado (DEM)

Portanto, que os líderes locais e nacionais não estranhem se, em 2022, Baldy surgir nas reportagens, articulações e debates como possível vice de João Doria na disputa pela Presidência da República. Seria uma chapa composta por dois jovens, com mentalidade renovadora, notadamente porque egressos do meio empresarial mais moderno do país.

O PP, partido forte no Congresso Nacional e no país, pode bancar Baldy na vice. É o que se comenta nos bastidores, bem nos bastidores, da política… nacional. Rodrigo Maia pode ser o vice de João Doria? É outra possibilidade. Mas o parlamentar pode bancar o jovem político goiano.