Durante anos, até décadas, a Assembleia Legislativa funcionou como uma espécie de Monarquia. Havia o presidente, o que indica o primado da República, mas também havia o rei — o onipresente Rubens Sardinha. Diz-se que a República sempre era “espremida” pelo poder da Monarquia.

Criou-se o mito de que, sem Rubens Sardinha, a Assembleia Legislativa não funcionaria. A impressão que se tinha: a instituição não era a Assembleia em si, mas sim Rubens Sardinha.

Com a chegada de Bruno Peixoto à presidência da Alego, Rubens Sardinha perdeu o cargo de diretor — de faz-tudo —, mas continua como procurador. Há deputados que asseguram que continua tentando influenciar no Legislativo. Na verdade, ele perdeu a majestade.

O fato é que Rubens Sardinha se aposentará este ano, compulsoriamente, e não será convidado a permanecer na Assembleia com um cargo comissionado.

A aposentadoria de Rubens Sardinha tem sido comemorada, com antecipação, por vários deputados e dezenas de funcionários e funcionárias da Alego. “Ufa!” — dizem nos corredores.