Assembleia de Deus rompe com João Campos e apoia Glaustin da Fokus pra deputado federal
27 maio 2018 às 00h00

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Igreja pressiona para que o deputado apoie Ronaldo Caiado para governador

A Assembleia de Deus é uma potência religiosa, das mais respeitadas do país. Nos últimos anos, tem se constituído também numa potência política. Em Goiás, elege de deputado federal, como João Campos (PRB), a deputado estadual, como Daniel Messac (PSDB) e Henrique César. Porém, por trás da marca Assembleia de Deus encontra-se, para além da unidade religiosa, uma pluralidade política inquestionável. Eventualmente, como no caso de João Campos, a igreja fecha em bloco.
Mesmo apoiando João Campos, a Assembleia de Deus não tem controlar os eleitores que frequentam seus cultos. Para a eleição de 2018, processa-se uma mudança. Parte da Assembleia de Deus — parte, frise-se — decidiu apoiar o empresário Glaustin da Fokus, do PSC, para deputado federal, abandonando João Campos. O motivo?
A Assembleia de Deus controlada pelo pastor Oídes José do Carmo, exige que João Campos seja vice de Ronaldo Caiado, pré-candidato do DEM a governador.
Entretanto, como João Campos não define, até porque pertence ao PRB, que tende a ficar ao lado do candidato do PSDB a governador, José Eliton, parte da Assembleia de Deus optou por lançar outro candidato a deputado federal. Oídes José do Carmo, uma das vozes mais respeitadas da igreja em Goiás, é irmão de Luiz Carlos do Carmo (que disse ao Jornal Opção que apoia Glaustin da Fokus), o primeiro suplente do senador Ronaldo Caiado. Se este for eleito governador, Luiz Carlos — e a Assembleia de Deus — ganha quatro anos no Senado.