Evangélicos dizem que o deputado federal pensou mais no projeto pessoal do que no projeto do grupo religioso que o apoia

Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados

Na semana passada, repórteres do Jornal Opção ouviram seis evangélicos a respeito de questões políticas em Goiás. Sugerindo que não são “vaidosos” e que não querem envolver a Assembleia de Deus na política de maneira integral, como se fossem políticos, os religiosos optaram por falar em “off”. “Mas o alvo de nossas críticas sabe que nós existimos e quem nós somos. Por que bancamos a candidatura de Glaustin Fokus para deputado federal? Simples: para demonstrar nossa insatisfação com o deputado federal João Campos”, afirma um dos evangélicos, espécie de decano.

Os evangélicos afirmam que a Assembleia de Deus, se Ronaldo Caiado (DEM) for eleito governador de Goiás, terá um senador, o suplente Luiz Carlos do Carmo, por quatro anos. “Luiz Carlos será o representante does evangélicos, não meramente da Assembleia de Deus”, afirma um evangélico que já disputou mandato eletivo.

João Campos esteve com Ronaldo Caiado e com o senador Wilder Morais, na casa deste, e estava praticamente acertado que seria o vice na chapa do candidato do DEM. Se quisesse, poderia disputar o Senado. “No entanto, sem consultar os evangélicos, decidindo por si, rejeitou o acordo e passou a apoiar Daniel Vilela para governador. Nós, evangélicos, perdemos a chance de ter um vice ou mais um senador.” “Veja-se o caso da chapa de Daniel Vilela. Se Vanderlan Cardoso disputará mandato de senador, pelo PP, a vaga de vice poderia ter ficado para os evangélicos, com João Campos, e não com Heuler Cruvinel, que também é do PP”, afirma outro evangélico.

Ao final da conversa, um pastor citou Provérbios 21:24: “O vaidoso e arrogante chama-se zombador; ele age com extremo orgulho”. O repórter pergunta: “É para João Campos?”. O religioso escorrega: “É para todos nós”.