Alguns vereadores estão se antecipando nas articulações para buscar a liderança da Câmara Municipal de Goiânia, mas o cenário ainda não é claro. Há a possibilidade de que as eleições para a próxima Mesa Diretora sejam antecipadas para depois do feriado de Carnaval. No entanto, os próprios parlamentares parecem acreditar cada vez menos nessa possibilidade.

A chance de judicialização e as decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) são alguns dos fatores que diminuem o interesse dos vereadores. Um exemplo disso é a recente decisão sobre a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), que, em junho de 2023, realizou o pleito para o biênio 2026-2027.

Dentro da Câmara, os bastidores comentam que Ronilson Reis (Solidariedade) é um dos vereadores mais interessados pela presidência. No final do mandato do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), Reis assumiu pautas polêmicas de interesse de Sandro Mabel (UB) e buscou a aprovação. Um exemplo foi a temida Taxa de Limpeza Pública (TLP), ou “Taxa do Lixo”.

Além do relatório sobre a Taxa do Lixo na Comissão de Finanças, Orçamento e Economia (CFOE), Reis também foi responsável pelo relatório da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 na Comissão Mista. Em 2023, ele ainda propôs a criação e presidiu a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigou irregularidades na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).

Por outro lado, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) também não deve ficar de fora. Em reservado, um vereador emedebista afirmou que “um partido dessa envergadura não pode ficar de fora”. Contudo, ainda não há um favorito entre os vereadores da sigla.

O Partido Liberal (PL) e o Partido dos Trabalhadores (PT) podem até lançar candidaturas próprias, mas, segundo interlocutores da Casa, os nomes não devem ter força suficiente.

Além da possibilidade de judicialização, a antecipação esbarra em outro obstáculo: as eleições presidenciais de 2026. Muitos vereadores almejam concorrer ao pleito como deputados estaduais ou federais. (F.V.)