Ana Paula Rezende pode ser vice de Bruno Peixoto em Goiânia?

18 junho 2023 às 00h00

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O presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (União Brasil), tem um plano “A”: administrar bem a Alego, aproximando-a, cada vez mais, da sociedade. Tem um plano “B”: disputar mandato de deputado federal em 2026. E tem um plano “C”: disputar a Prefeitura de Goiânia em 2024.
Entretanto, se o plano “A” persiste — com Bruno Peixoto, a Alego se tornou de Goiás, e não mais “de Goiânia” —, o plano “B” pode ser trocado pelo plano “C”.
Porém, diferentemente de alguns políticos, Bruno Peixoto não põe faca no pescoço de aliados. Por isso, se for possível, disputará a prefeitura — como candidato de consenso da base governista. Se não for, apoiará o candidato apoiado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil.

Bruno Peixoto poderá apoiar Ana Paula Rezende, do MDB, para prefeita da capital. O parlamentar apoiará a filha de Iris Rezende sem nenhum problema. Porque tem apreço pela jovem empresária e a considera séria e consistente tanto política quanto administrativamente.
Na Assembleia, nos gabinetes de vários deputados, fala-se que a chapa ideal seria Bruno Peixoto para prefeito e Ana Paula Rezende para vice. O presidente se recusa a discutir o assunto, pois certamente considera que a filha de Iris Rezende e Iris Araújo tem estatura para ser candidata a prefeita.
Fala-se, e não apenas nos bastidores, que o marido de Ana Paula Rezende, Frederico Peixoto, sócio da FGR — que constrói os condomínios Jardins, uma referência em condomínio horizontal —, teme que uma candidatura de sua mulher a prefeita possa prejudicar seus negócios. Mas e a vice? Aí, possivelmente, não seria problema. Até porque vice-prefeito não coloca, em nenhum momento, seu CPF em risco.
Dada sua capacidade de articulação política, Bruno Peixoto é o pré-candidato mais temido por Vanderlan Cardoso. Um membro do PSD, partido do senador, afirma, em off: “Bruno Peixoto é muito parecido com Iris Rezende e é tão afável quanto Maguito Vilela. É um político muito hábil. Ele tem fama de cumprir compromissos e os políticos gostam de disso. Não duvido que ele saia em quarto ou quinto lugar e, de repente, vire o jogo e seja eleito prefeito”.

O candidato da base governista em Goiânia terá um verdadeiro exército de apoios — operado, em larga medida, por Ronaldo Caiado, pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB), pela deputada Silvye Alves (União Brasil), pelo ex-deputado Delegado Waldir Soares (União Brasil) e pelo ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (que, embora de Aparecida, aparece forte em Goiânia, inclusive como postulante a prefeito).
Gustavo Mendanha (que se filiara ao MDB) e Bruno Peixoto têm trocado figurinhas com frequência. O presidente da Alego pode contar com seu apoio para prefeito de Goiânia. O ex-prefeito de Aparecida — assim como Ronaldo Caiado, Daniel Vilela, Silvye Alves e Delegado Waldir — não é um cabo, e sim um general eleitoral. (Digamos que a Justiça Eleitoral permita a candidatura de Mendanha em Goiânia, o que Bruno Peixoto fará? O apoiará, é certo. Assim como apoiará Ana Paula Rezende, se ela for definida como candidata da base governista. O descortino pessoal e político do parlamentar é imenso.) (E.F.B.)