Duas fontes sustentam que o principal obstáculo a uma candidatura da advogada Ana Paula Rezende — conhecida no meio político como Ana Paula do Iris — teria sido removido. Frederico Peixoto, seu marido, sócio da construtora FGR — responsável pela série de condomínios Jardins, em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo —, que, antes não era favorável à sua postulação, agora teria decidido a apoiá-la.

Em conversas com várias lideranças políticas, onde funcionava o escritório do pai, Iris Rezende, em Goiânia, Ana Paula começa a sugerir que deve — ou pode — disputar a Prefeitura de Goiânia, daqui a um ano, um mês e alguns dias, pelo MDB. Ela disse a um interlocutor que tem notado o aumento de um “clamor” por um novo Iris, no caso uma nova gestora da linhagem do ex-governador e ex-prefeito. O clamor é por um gestor mais conectado à sociedade no Paço Municipal.

O prefeito Rogério Cruz não teria conseguido substituir Iris Rezende no imaginário dos eleitores de Goiânia. Estaria aquém do ex-gestor — é o que dizem aliados de Ana Paula.

Dada a falta de posicionamento de Ana Paula, políticos começaram a sinalizar que havia “jogado a toalha”. “Não jogou e quer ser candidata”, frisa um aliado.

Daniel Vilela Ana Paula
Daniel Vilela, vice-governador, Ana Paula Rezende e um filho da advogada, Daniel: articulando em Goiânia | Foto: Reprodução/Instagram)

Ana Paula quer capitanear uma frente política com o governador Ronaldo Caiado, do União Brasil; o vice-governador Daniel Vilela, do MDB; o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (quase no MDB); a deputada federal Silvye Alves, do União Brasil; o presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (também pré-candidato a prefeito), do União Brasil; o presidente do Detran, Delegado Waldir Soares, do União Brasil; o ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot (que irá para o MDB), entre outros.

Acredita-se que o segundo turno será entre o candidato da base governista — Ana Paula do Iris ou Bruno Peixoto — contra Vanderlan Cardoso. O objetivo é construir uma frente ampla, o que poderá contribuir para isolar o senador do PSD. Diz-se o seguinte: Ana Paula do Iris vai começar com 7% a 8%, vai crescer aos poucos e, depois, aos saltos. Acredita-se que irá para o segundo turno em primeiro, com Vanderlan Cardoso em segundo lugar. “Vanderlan vai ser o primeiro a chegar atrasado”, ironiza um “anapaulista”.

O MDB vai organizar uma série de eventos — como o de quinta-feira, 10 —, todos com a presença de Ana Paula do Iris. O objetivo é pressioná-la a se definir o mais cedo possível. Porque deixar para se definir em cima da hora, como se fosse o veterano Iris Rezende, pode ser um erro tático ou, até, estratégico. (E.F.B.)