A aliança Caiado-Daniel é mais pró-Goiás, uma defesa da ampliação da modernização, e menos anti-tucanato, que não oferece risco eleitoral

A aliança entre o partido Democratas do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o MDB do ex-deputado federal Daniel Vilela está sacramentada. Deve ser formalizada entre agosto e novembro deste ano. “A coligação entre os dois partidos é incontornável”, afirma um emedebista ligado ao jovem presidente do MDB. “O MDB avalia que, unindo-se com Caiado, não abre espaço para o ressurgimento de seu velho algoz, o PSDB do ex-governador Marconi Perillo”, acrescenta um emedebista-irista.

Ronaldo Caiado, governador de Goiás, e Daniel Vilela, presidente estadual do MDB: aliados | Foto: Divulgação

Mas a aliança não é apenas anti-Marconi Perillo. Até porque nem Ronaldo Caiado nem Daniel Vilela consideram Perillo como uma ameaça política real. “Se ainda tivesse peso político, se o PSDB tivesse força no Estado, Marconi não teria ido atrás de Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia e filiado ao MDB, para tentar convencê-lo a disputar o governo de Goiás como oposicionista, oferecendo-lhe estrutura partidária — porque teria o controle de outros partidos, como o PSL — e estrutura financeira”, sustenta um deputado governista.

A aliança, na verdade, quer ser pró-Goiás. Daniel Vilela quer contribuir para ampliar a modernização iniciada por Ronaldo Caiado. Até porque pretende, se figurar na chapa como vice, disputar o governo em 2026 — se, claro, a chapa Ronaldo Caiado-Daniel Vilela for vitoriosa em 2022.